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O que é a glutamina e para que serve? Há benefício para quem se exercita?

Esse aminoácido vendido como suplemento tem a fama de turbinar músculos e imunidade. Mas o que a ciência diz sobre esses efeitos? Investigamos

Por Fabiana Schiavon
28 out 2022, 17h32

A glutamina é um aminoácido, ou seja, uma molécula que ajuda a compor as proteínas, que, por sua vez, contribuem para a manutenção de nossas células — especialmente do intestino, do sistema imunológico e dos músculos.

Por causa dessa relação com sistema imune e massa muscular, a substância é aclamada no universo da atividade física. Porém, não há evidências científicas de que a glutamina serve para melhorar o desempenho de quem faz exercícios físicos.

Acompanhe mais detalhes sobre esse aminoácido.

O que é a glutamina e para que serve?

A glutamina é um tipo de aminoácido, substância que faz parte das proteínas, fundamentais para o crescimento e a manutenção das células.

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“A glutamina é a principal fonte energética das células do intestino”, conta Susy Lira, nutricionista da Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro.“E são essas células que participam da absorção de nutrientes, formando uma barreira protetora intestinal”, completa a expert.

A glutamina também atua nos músculos, no fígado e no sistema imunológico.

+ Leia também: O que é creatina e para que serve esse suplemento famoso em academias

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Mas vale dizer que o corpo humano sabe fabricá-la espontaneamente, e de forma abundante. “Por isso, a glutamina é considerada um aminoácido do tipo não essencial”, explica Thiago Monteiro, nutricionista do Rio de Janeiro. Só uma pequena parcela vem de alguns alimentos ricos em proteínas.

A glutamina está em itens como carnes, queijos, ovo, tofu, leite, beterraba e leguminosas (como o feijão). “Quem mantém uma alimentação equilibrada vai produzir glutamina de maneira suficiente”, defende Monteiro. Ou seja, suplementos seriam desnecessários.

Como e por que tomar glutamina? Ela serve para atletas?

Praticantes de exercícios acreditam que tomar glutamina pode impulsionar a imunidade e a massa muscular, mas isso nunca foi comprovado em pesquisas. Na verdade, os estudos indicam que esse plus no consumo não faz diferença.

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“Como já produzimos a substância naturalmente, e em grande quantidade, suplementar não terá utilidade. Nem para a prática esportiva nem para a imunidade”, esclarece Monteiro.

“A glutamina, tem, sim, papel fundamental no nosso organismo. Mas suplementar não vai turbinar essas funções”, reitera o nutricionista.

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Há um potencial benefício no uso da glutamina, mas ele não costuma ser tão alardeado. “Após o exercício, ela contribui para controlar a produção excessiva de amônia, substância associada à fadiga. Com isso, a tendência é que ocorra uma redução no tempo de recuperação física”, relata Susy.

Esse papel da glutamina foi observado em uma meta-análise publicada na revista Nutrients — 55 pesquisas sobre o tema foram levadas em conta. Mesmo assim, a conclusão é de que ainda são necessários mais estudos para garantir que isso ocorre de uma maneira que realmente faz a diferença na rotina das pessoas.

para que serve a glutamina
Há indícios de que glutamina ajudaria na recuperação pós-exercício. Mas são necessários mais estudos. (Foto: iStock/SAÚDE é Vital)

Deseja tomar a glutamina mesmo sem garantias claras de vantagens? É preciso, então, ter apoio de um profissional. É que só um profissional de saúde pode estabelecer a dose correta com base na rotina de exercícios, no estilo da dieta e no uso de outros suplementos.

Ainda que a substância não seja tóxica, tudo o que é consumido em excesso pode trazer repercussões danosas ao organismo. “Dores estomacais são um dos sintomas provocados pelo exagero na dose”, informa Suzy.

Quem tem indicação para tomar glutamina? Quais são os reais benefícios?

Como suplemento, a glutamina é utilizada nos hospitais em pacientes que tratam queimaduras graves, sofrem de perda de massa magra por alguma doença ou passam por cirurgias grandes, que comprometem a imunidade e a força muscular.

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De acordo com Suzy, também existe a possibilidade de recorrer a esse aminoácido em caso de síndrome do intestino irritável e outras doenças relacionadas ao intestino.

Nessas circunstâncias, médicos chegam a usar a substância em formato injetável. “As doses são altas, podendo chegar a 40 gramas”, descreve Monteiro.

 

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