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Novos estudos confirmam: exercício é remédio poderoso contra o câncer

Mexer o corpo ajuda a evitar o retorno da doença até mesmo em casos de alto risco. Entenda como incluir atividades físicas no tratamento

Por Larissa Beani Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
28 jul 2025, 08h45
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Estudo divulgado no maior congresso sobre câncer do mundo mostra a importância da atividade física no tratamento oncológico (Foto: Andrii Sedykh/Getty Images; Design e ilustração: Letícia Raposo/Estúdio Coral/Veja Saúde)
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Aos 74 anos, a dona de casa Etsuko Saizaki exibe um sorriso no rosto e uma lista de hobbies de dar inveja a qualquer um. Na maturidade, ela se tornou uma atleta: pratica corrida e remo regularmente e, se a convidarem, ainda arranja fôlego para aulas de pilates, ioga, calistenia… São prazeres que ela tem explorado há quase uma década, depois que superou um câncer de mama.

“Depois da químio e da cirurgia de retirada da mama esquerda, fui encaminhada para a reabilitação, pois a operação limitou bastante os meus movimentos e eu passei a conviver com inchaços nos membros”, relembra.

O emocional também foi abalado diante do medo em relação ao futuro, e o humor e a qualidade de sono minguaram. Até que, com o apoio da família, os exercícios físicos entraram na rotina. “Foi então que percebi que eles são um santo remédio.”

Nesta reportagem, você lerá sobre:

  • Exercícios como tratamento contra o câncer
  • Atividade física prescrita por médicos
  • Benefícios da atividade física contra o câncer
  • Que tipo de exercício fazer?
  • Cuidados para pacientes com câncer
  • Câncer, obesidade e composição corporal
  • Para alcançar melhores resultados
  • Como incluir atividade física na rotina?
  • 5 motivos para começar a se exercitar
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Exercícios como tratamento contra o câncer

O melhor de tudo é que essa percepção tem o respaldo da ciência. Na última edição do maior congresso sobre câncer do planeta, realizado pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês) em Chicago, um dos estudos com maior destaque demonstrou que a prática de atividade física regular e planejada pode evitar que pacientes tratados voltem a desenvolver a doença ou morram devido a complicações.

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Entre 2009 e 2023, o ensaio clínico batizado de Challenge recrutou 889 pessoas que haviam sido diagnosticadas com câncer colorretal localizado e de alto risco e estavam livres da doença após passarem por cirurgia e quimioterapia. Elas tinham, em média, 61 anos e, em sua maioria, eram do Canadá e da Austrália.

Metade dos voluntários foi selecionada para participar de um programa estruturado de exercícios aeróbicos — aqueles que exigem mais da nossa capacidade cardíaca e respiratória, como caminhada, corrida ou natação. Esse grupo ganhou prescrições de treinos sob medida e acompanhamento de profissionais.

+ Leia também: Exercício diminui risco de morte em pessoas com câncer

A meta era assegurar, no mínimo, 150 minutos semanais de atividade moderada, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Já a outra metade dos voluntários recebeu apenas materiais de incentivo aos exercícios físicos e à boa alimentação.

É como geralmente acontece na vida real: o paciente sai do consultório com orientações sobre hábitos saudáveis, mas não é acompanhado para avaliar se tem conseguido implementar as mudanças em seu dia a dia. E não deu outra.

Aqueles que tiveram a oportunidade de participar do programa de exercícios arrecadaram muito mais saúde: uma redução de 28% no risco de retorno do câncer e de 37% de morte por qualquer causa. O trabalho surpreendeu a comunidade médica.

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Estima-se que, hoje, cerca de três a cada dez pacientes com câncer colorretal venham a ter a doença novamente, mesmo após passar por todo o tratamento — é o que os especialistas chamam de recidiva.

O que o ensaio clínico comprova é que a atividade física deve ser incluída no tratamento para diminuir essa possibilidade.

Atividade física prescrita por médicos

“Um programa de exercícios que inclua um instrutor reduzirá o risco de um novo câncer ou da recorrência da doença e fará o paciente se sentir melhor e viver mais”, resumiu o oncologista Christopher Booth, líder da pesquisa e professor da Queen’s University, no Canadá.

O impacto do estudo, também publicado no prestigiado periódico The New England Journal of Medicine, deve inclusive mudar a prática médica. “Já mudou a minha”, conta Tiago Kenji, diretor técnico do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula, na capital paulista. Para o oncologista, os resultados foram arrebatadores.

“Geralmente, as principais novidades do congresso giram em torno de novas drogas — que podem demorar a chegar ao mercado e, quando chegam, têm um alto custo”, comenta. “Demonstrar que a atividade física tem um efeito tão expressivo na diminuição da recidiva e morte nos mostra que há outras soluções que podem ser facilmente implementadas”, avalia.

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O achado também reforça um preceito cada vez mais consolidado no enfrentamento do câncer: o tratamento multiprofissional. “Educadores físicos, fisioterapeutas e fisiatras precisam estar presentes no apoio a esses pacientes. É uma expansão necessária”, destaca o oncologista Paulo Hoff, diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).

Afinal, em vez de repouso, quem encara um tumor e tem condições agora é convocado a se mexer e suar a camisa.

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Inatividade está ligada a maior risco de doenças crônicas, inclusive de tumores (Design e ilustração: Letícia Raposo/Estúdio Coral/Veja Saúde)

+ Leia também: Um guia de exercícios para combater o câncer

Benefícios da atividade física contra o câncer

Não é de hoje que a atividade física é reconhecida como uma estratégia anticâncer. Mas, até então, o que sempre ganhou evidência foi seu papel na prevenção da doença. Pesquisas já demonstraram que movimentar o corpo pode diminuir em até 40% o risco de desenvolver tumores (como os de pulmão, mama e intestino, alguns dos mais comuns em todo o mundo).

Mesmo assim, muita gente continua colocando a vida em risco ao permanecer parada. Segundo levantamento publicado na revista médica The Lancet, cerca de 1,8 bilhão de adultos estão presos a uma rotina sedentária e, portanto, mais predispostos a problemas cardíacos, diabetes, demência e cânceres.

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Romper o sedentarismo é crítico para afastar ou mesmo controlar a progressão dessas condições.

“A prática regular de exercícios ajuda a fortalecer a musculatura e os ossos, a regular o humor e o sono e, no campo da oncologia, a controlar os efeitos adversos dos tratamentos e a prolongar a vida do paciente”, elenca o oncologista Fernando Maluf, cofundador do Instituto Vencer o Câncer.

Para quem trabalha com treinos, já era tempo de a atividade física ser reconhecida por seus benefícios a quem foi fragilizado pelo câncer. “A oncologia está chegando agora à mesma conclusão a que a cardiologia chegou nos anos 1990: exercícios devem fazer parte do tratamento da doença”, afirma Patrícia Chakur Brum, professora da Escola de Educação Física e Esporte e do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP).

Há décadas, a pesquisadora conduz com seus alunos pesquisas em animais e humanos para observar as repercussões da atividade física nesse contexto.

Em camundongos, já mostramos como os exercícios ajudam a diminuir o tamanho do tumor e a mobilizar mais células de defesa contra as células cancerosas. O aumento do fluxo sanguíneo promovido pela atividade também contribui para isso”, descreve Brum. Em humanos, esses resultados se refletem em melhores desfechos de saúde, como os observados no novo estudo canadense.”

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+ Leia também: Câncer: ao menos um quarto dos casos seria evitado com hábitos saudáveis

Que tipo de exercício fazer?

A professora faz questão de frisar que qualquer tipo de atividade física já ajuda a combater os males à saúde — sejam tarefas domésticas, relacionadas ao ofício, lazer ou locomoção —, mas são os exercícios estruturados, regulares e de intensidade moderada a intensa que dão mais resultados e têm um efeito protetor contra doenças graves.

“Na área da saúde, dizemos que o melhor tratamento é aquele a que a pessoa consegue aderir — e o mesmo se aplica aos exercícios físicos. O indivíduo tem que sentir prazer no que faz e conseguir incluir isso na rotina, seja por meio de caminhadas e aulas de tênis, seja com treinos de musculação”, exemplifica a professora da USP, que também é uma das coordenadoras do Programa Remama, um projeto que oferece aulas de remo a mulheres que tratam e trataram o câncer de mama.

Aliás, foi nessa iniciativa, realizada em parceria com o Icesp, que Etsuko encontrou seu rumo após as terapias. Há oito anos no grupo, que conta com mais de 50 inscritas, é hoje a capitã da Equipe Remama Dragão Rosa. Ela é a principal responsável por manter as companheiras unidas e motivadas — no percurso das águas e da vida.

Toda terça e quinta-feira pela manhã, elas se encontram na raia olímpica da USP e tomam seus lugares no barco cuja proa leva a cabeça de um dragão esculpida. É um símbolo chinês de força e prosperidade para enfrentar adversidades.

“Muitas pessoas acham que não podem fazer mais nada por si mesmas depois do câncer, mas, na verdade, é o contrário. Elas podem e devem buscar o melhor para si, e eu e tantas outras mulheres descobrimos isso através da atividade física. É um alimento para o corpo e a alma”, celebra a capitã e remadora.

Hoje em dia, para quem não tem acesso a programas como esse, o estímulo e a orientação para começar a praticar exercícios podem ser feitos também remotamente.

Um projeto irmão do Remama, o OncoFitt, oferece acompanhamento profissional por meio da telemedicina. Iniciativas pontuais também podem dar aquele gás para mudar de vida.

Anualmente, a corrida Icesp Run é realizada na capital paulista: são trajetos de 5 a 10 km de caminhada ou corrida que reúnem milhares de pessoas mobilizadas contra o câncer. Neste ano, o evento será realizado em 30 de novembro — e as inscrições já estão abertas.

O valor angariado com o projeto é revertido em ações de assistência, ensino e pesquisa em oncologia. É uma forma de multiplicar os poderes da atividade física.

+ Leia também: Por que a atividade física é fundamental contra o câncer de mama

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150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana é o mínimo recomendado pela OMS (Foto: Mikkaphoto/Getty Images; Design e ilustração: Letícia Raposo/Estúdio Coral/Veja Saúde)

Cuidados para pacientes com câncer

Nunca é tarde para calçar os tênis esportivos e começar a tirar proveito do movimento físico. Há evidências de que os exercícios contribuem para a melhora do paciente tanto durante quanto após o tratamento oncológico. A decisão de quando, como e onde incluir a atividade na rotina deve ser conversada entre o indivíduo e a equipe que o acompanha.

Para sustentar essa discussão, o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em parceria com entidades médicas e de educação física, disponibiliza guias aos profissionais da saúde para que orientem bem a prática, levando em consideração as particularidades de cada tipo de câncer e de cada paciente e seu contexto de vida. (Clique aqui para acessar o guia de Recomendações de atividade física durante e após tratamento oncológico).

Por exemplo: para quem tem tumor nos ossos, bem como outras condições que debilitem essas estruturas, é contraindicada a prática de jogos de contato (como futebol, vôlei, basquete). No entanto, a inclusão de outros tipos de atividade é segura, com atenção a questões como a postura e o esforço do exercício.

Já pacientes com câncer de pulmão podem se sentir mais confortáveis ao fazer exercícios aeróbicos fracionados, com pausas a cada cinco ou dez minutos.

Homens com câncer de próstata podem se beneficiar com exercícios para fortalecimento da região pélvica, que ajudam a evitar incontinência urinária e disfunção sexual após a retirada da glândula.

Quem encara o câncer colorretal, por sua vez, deve interromper os treinos caso apareçam hérnias ou infecções relacionadas à ostomia — procedimento necessário em alguns casos, que permite a saída das fezes pelo abdômen.

Tendo atenção às necessidades e limitações de cada pessoa, é possível incluir esportes e outras práticas na agenda de forma segura e reduzir o risco de complicações pelo câncer e outras comorbidades.

+ Leia também: Um guia de exercícios para combater o câncer

Câncer, obesidade e composição corporal

Além de combater o sedentarismo, botar o corpo em movimento também é essencial para impedir o ganho de peso, outro fator de risco para o desenvolvimento de diversos cânceres, como o de intestino e o de mama.

“A atividade física ajuda a reduzir a gordura visceral, que fica ao redor dos órgãos do abdômen e cria um ambiente inflamatório e propício a tumores”, explica a oncologista Fernanda Capareli, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Pacientes famosos da médica dão seu relato de que a rotina de exercícios faz diferença para a mente e o corpo. Nas redes sociais, a cantora Preta Gil, que tem câncer colorretal e está em tratamento no exterior, compartilha sua rotina para manter a força e o fôlego.

Tony Bellotto, guitarrista do Titãs que trata um câncer de pâncreas, é frequentemente visto pedalando e correndo pelas ruas do Rio de Janeiro.

Outra preocupação ligada ao câncer para a qual os exercícios são o melhor remédio é a sarcopenia, a perda progressiva dos músculos. É uma condição bastante comum conforme envelhecemos, já associada a piores índices de longevidade e acelerada devido a algumas doenças.

Ficar de olho na composição corporal do paciente oncológico é ainda pouco comum, mas pode ser um diferencial no tratamento.

Um estudo recente, realizado por um time da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e publicado na Discover Oncology, mostrou que mulheres com câncer de mama e pouca massa muscular têm um pior prognóstico, o que se reflete em uma maior taxa de mortalidade pela doença quando se tem menos massa magra do que o ideal.

+ Leia também: Exercício de força pode auxiliar na prevenção de alguns tipos de câncer

Para alcançar melhores resultados

Hoje se sabe que os músculos são estruturas que, além de garantir força, mobilidade e proteção, liberam hormônios que ajudam a regular o metabolismo e têm um efeito analgésico e anti-inflamatório. Para mantê-los, é preciso caprichar nos exercícios de força e resistência, além de cuidar da alimentação.

“Ter um aporte de proteína é muito importante para fortalecer a musculatura”, afirma a nutricionista Mirele Grecco, coautora do trabalho da USP. “No geral, a dieta pode suprir a demanda diária do nutriente, que pode ser encontrado em alimentos de origem animal [como carnes e ovos] ou vegetal [como feijão e grão-de-bico], mas, em alguns casos, a necessidade de suplementação precisa ser avaliada”, esclarece a professora.

Por fim, para mostrar o muque e suar a camisa com segurança, é preciso estar atento ao uso de equipamentos adequados. Etsuko, a capitã da equipe de remo da USP, não dispensa uma braçadeira para evitar inchaços no membro depois de ter feito a cirurgia na mama, por exemplo.

Com o aval da ciência e a orientação de quem entende, o exercício físico está deixando o papel de mero coadjuvante para ganhar um lugar central na superação do câncer. A prescrição agora é se mexer!

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75 minutos de exercícios vigorosos semanais também funcionam, segundo a OMS (Foto: Andriy Onufriyenko/Getty images; Design e ilustração: Letícia Raposo/Estúdio Coral/Veja Saúde)

Como incluir atividade física na rotina?

Dicas para incluir as atividades no dia a dia

Modalidades

Não há um esporte que seja mais ou menos indicado para pacientes com câncer. A prática deve respeitar as limitações de cada um e ser de fácil adesão, ou seja, algo que se possa fazer com regularidade.

Frequência

A constância é essencial para observar os benefícios. Seguindo a recomendação da OMS, a pessoa pode dedicar cerca de 20 minutos por dia ou ter três sessões de 50 minutos na semana, por exemplo.

Esforço

A atividade de intensidade a partir da moderada é a ideal, mas isso deve ser orientado por um profissional, observando o condicionamento de cada indivíduo.

Acompanhamento

A supervisão de fisiatras, fisioterapeutas e educadores físicos é fundamental para que o paciente não se lesione durante o treino e para manter o empenho no tratamento.

Ambiente

Os exercícios podem ser feitos em casa, nos hospitais ou ao ar livre — tomando os devidos cuidados para evitar a transmissão de doenças. O local deve ser seguro para evitar acidentes.

Sinais de alerta

Desconfortos e cansaço excessivo são indicativos de que a atividade deve ser ajustada. A localização dos tumores, as comorbidades e os efeitos colaterais são pontos de atenção.

+ Leia também: 10 conselhos de um médico para quem vai começar a se exercitar

5 motivos para começar a se exercitar

Por que exercícios podem e devem fazer parte do tratamento

1. Bem-estar psicossocial

A atividade física é uma forma de integrar o indivíduo na sociedade, restabelecendo a mobilidade, ganhando autonomia e projetando um futuro melhor.

2. Diminuição da fadiga

O cansaço excessivo é um dos efeitos mais comuns e também pode ser um empecilho aos exercícios. Mas é importante persistir para virar o jogo.

3. Recuperação da função física

Treinos de força e aeróbicos são essenciais para evitar a perda de massa muscular, que compromete até a capacidade de fazer simples movimentos.

4. Qualidade do sono

De 30 a 50% dos pacientes oncológicos sofrem com distúrbios de sono. Exercícios regulam hormônios que, inclusive, facilitam uma boa noite de descanso.

5. Resiliência e felicidade

O conjunto de todos esses fatores eleva a satisfação do indivíduo com a vida e melhora, em diversos aspectos, a recuperação após o diagnóstico.

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