PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Por que você deveria mudar seu estilo de vida na menopausa

Alguns sintomas e incômodos dessa fase podem ser minimizados com hábitos que envolvem atividade física, alimentação e cuidados com a saúde mental

Por Mauricio Abrão, ginecologista*
Atualizado em 12 jul 2021, 14h38 - Publicado em 12 jul 2021, 10h33
ilustração de mulher forte fazendo muque
Acompanhamento médico e cuidados com o corpo e a mente ajudam a controlar reações da menopausa. (Ilustração: May Tanferri/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

O termo menopausa” se aplica à última menstruação da mulher, após ela ficar um ano sem menstruar no período do climatério. O climatério começa alguns anos antes e vai até alguns anos após a menopausa em si. Mas a fase em que os hormônios femininos diminuem, em particular o estrogênio e a progesterona, ficou popularmente conhecida como menopausa mesmo.

Como sintomas da falta de estrogênio, são muito comuns as ondas de calor e a secura vaginal. A massa óssea também reduz e a mulher pode desenvolver osteoporose. A pele tende a ficar mais seca. Costuma haver ganho de peso, assim como alterações de humor, lapsos de memória, ansiedade ou depressão.

Em resumo, esse é um processo que traz consequências, algumas indesejáveis, se não houver acompanhamento médico, prevenção e tratamento. A questão é que a intensidade desses sinais e incômodos também está relacionada ao estilo de vida. E algumas mudanças nos hábitos ajudam a melhorar a situação quando bem orientadas — tanto num cenário com como num cenário sem reposição hormonal. Então vamos por partes.

Ondas de calor

De acordo com uma pesquisa da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, 15% das mulheres apresentam a forma mais severa dos fogachos ou ondas de calor. Existem alguns gatilhos para que ocorram, como temperaturas mais elevadas, consumo de bebidas quentes e alimentos apimentados e exagero no álcool ou no café. Por isso, além de moderar na ingestão desses elementos ou até mesmo cortá-los, vale a pena manter o local sempre arejado e se vestir em camadas de roupa, que facilitam a retirada de uma ou outra peça. É bom saber que as ondas de calor melhoram com o tempo — e por conta própria.

Secura vaginal

Diante da baixa do estrogênio, a vagina seca, fica com revestimento mais fino e menos secreções, deixando a relação sexual desagradável. Um médico pode indicar lubrificante e/ou hidratante vaginal, além de tratamentos específicos com estrogênio aplicados diretamente na vagina em forma de comprimido ou creme. Para a diminuição da libido, vale uma boa conversa com o/a parceiro/a e até mesmo aconselhamento com um terapeuta sexual.

Continua após a publicidade

Problemas de memória e concentração

No período que circunda a menopausa, chamado de perimenopausa, as queixas vão da dificuldade em se concentrar aos lapsos de memória, o que pode ser desencadeado pelo próprio estresse. Por isso, invista em atividade física. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, pelo menos, de 150 a 300 minutos de exercícios de intensidade moderada por semana. Manter o cérebro ativo por meio de situações que o desafiem também é indicado, como aprender um novo idioma, fazer caça-palavras e se aventurar em jogos.

Ganho de peso

Um estudo do Jornal Americano de Epidemiologia com mais de 3 mil mulheres americanas apontou que não existe uma ligação direta do ganho de peso com a menopausa. Mas na meia idade a mulher encara uma desaceleração do metabolismo e pode ficar com uns quilos a mais. Por isso, a atividade física entra mais uma vez como uma estratégia importante para a manutenção do peso e da qualidade de vida. Sempre acompanhada de uma alimentação equilibrada.

Pele e cabelo secos

Isso pode acontecer por três fatores: a redução dos níveis de estrogênio, a falta de cuidados diários e a alta exposição solar. Se a situação estiver incomodando, vale procurar um especialista para receber orientações e cuidados específicos (em casa e/ou na clínica). Além de melhorar o aspecto, vai impactar positivamente na autoestima.

Continua após a publicidade

E a reposição hormonal?

A reposição de estrogênio — que pode ser associada à de progesterona quando a mulher conserva o útero — e até de testosterona pode melhorar sintomas e a qualidade de vida, além de auxiliar na prevenção de problemas no curto e no longo prazo. Mas a indicação só deve ser feita por um médico especialista, após uma avaliação individualizada e levando prós e contras.

* Mauricio Abrão é ginecologista, professor de ginecologia da Faculdade de Medicina da USP, coordenador do Setor de Ginecologia Avançada da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e vice-presidente da Associação Americana de Ginecologia 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.