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Há um universo de frutas, hortaliças, grãos e PANCs a explorar. E a jornalista expert em alimentação Regina Célia Pereira nos convida a degustar um a um nessa coluna que é uma feira de saberes e sabores.
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Goiaba, a supervitaminada

Brasileiríssima, a fruta de aroma marcante guarda preciosidades em seu interior. Ainda bem que não faltam maneiras de usá-la

Por Regina Célia Pereira
Atualizado em 20 ago 2021, 19h32 - Publicado em 20 ago 2021, 18h01

Quer um doce com mais cara de Brasil do que a goiabada cascão? Especialmente aquele feito no tacho de cobre, em fogão de lenha, e com o sabor da culinária caipira. Se juntar com queijo branco, daí tem tudo para ganhar um sotaque mineiro e, de quebra, a aprovação de nutricionistas.

A anuência dos experts se dá porque a combinação ajuda a equilibrar a glicemia, ou seja, breca a elevação repentina nos níveis de açúcar no sangue. Esse mecanismo poupa o organismo dos picos de insulina, hormônio responsável por colocar a glicose dentro das células dos vários tecidos do corpo para gerar energia.

Além de resguardar o pâncreas – o órgão produtor da insulina – de trabalhos extras, há um incremento na sensação de saciedade.

Sem contar a melhor parte: a mistura é puro deleite ao paladar. O gosto forte do doce é atenuado pelo queijo. São origens tão distintas, mas que se completam, assim como um dos mais famosos casais da dramaturgia: Romeu e Julieta. Shakespeare aprovaria esse casamento.

A goiaba passeia por outros sabores bem brasileiros. Intercalada por finas camadas de massa, ela aparece no recheio do tradicional rocambole pernambucano conhecido como bolo de rolo.

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Também marca presença em outras receitas, caso de molhos para acompanhar carnes. Nessas versões, outra vez ganha elogios da turma da nutrição. É que nos cozidos, sobretudo os que levam azeite e outros óleos, o licopeno presente na goiaba tende a ser mais bem aproveitado no organismo.

A substância, da família dos carotenoides, tem potente ação antioxidante e, por isso, zela pela integridade das artérias e ajuda a afastar tumores, como o de próstata, segundo vários estudos. Trata-se do pigmento que tinge vegetais de vermelho.

Não bastasse concentrar esse composto protetor, a fruta é campeã em vitamina C. Oferece mais que o dobro do nutriente em comparação com a afamada laranja.

A versão de polpa esbranquiçada contém um pouco mais dessa vitamina do que a avermelhada, mas ambas são riquíssimas. E isso vale para outros elementos. Embora haja sútil variação nas quantidades, fibras, minerais – caso do potássio – e tantas outras riquezas estão tanto em uma quanto na outra. Vai da escolha do freguês.

Turma aromática

Da família das mirtáceas – que conta ainda com a pitanga, a canela e o cravo –, a goiaba tem aroma marcante, assim como todos os seus parentes. O perfume seria resultado de substâncias como o cinamato, além de compostos sulfurosos.

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Nativa da América tropical, a goiabeira alimentou povos indígenas muito antes das caravelas europeias aportarem por essas bandas. México, Peru e Brasil seriam berços da espécie batizada pelos botânicos de Psidium guajava. No passado, as aves contribuíram muito para sua disseminação. Graças à passarinhada, antigamente era comum encontrá-la em muitos quintais pelo interior do país.

Hoje, a fruta é cultivada em tudo quanto é canto e a produção ocorre o ano inteiro para suprir a demanda de doces. Mas, como diz a canção, goiabada cascão em caixa é coisa fina. Por isso, quem a encontrar, guardada em recipiente de madeira, achou um verdadeiro, e delicioso, tesouro.

 

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