Meditação e ioga controlam substâncias ligadas ao estresse
As técnicas diminuem a concentração no corpo de substâncias prejudiciais à saúde física e mental
Não é de hoje que práticas como ioga e meditação são indicas para aplacar a tensão do dia a dia. E, ao tentar entender melhor essa relação, os cientistas descobriram que aqueles que realizam essas atividades regularmente têm níveis menores do fator nuclear kappa b. Complicou? Basta saber que ele controla um gene relacionado à produção da citocina, que, por sua vez, aparece no corpo em períodos de alto estresse.
Essa substância não é, em si, nociva. Na verdade, é essencial não só para o bom funcionamento do organismo como para a sobrevivência em si — está vinculada ao mecanismo de luta ou fuga, que faz com que a gente reaja rapidamente a situações ameaçadoras. O problema começa quando a citocina fica circulando em excesso mesmo em circunstâncias normais do dia a dia, o que já foi vinculado a doenças mentais, câncer e envelhecimento acelerado.
O levantamento, feito por cientistas das universidades de Coventry e Radboud, na Inglaterra e Holanda, respectivamente, somou 18 estudos com um total de 846 participantes analisados ao longo de 11 anos, em média.
“É preciso fazer mais para entender esses efeitos em profundidade. Por exemplo: como eles se comparam com outras intervenções saudáveis, como ginástica e alimentação balanceada”, diz a psicóloga Ivana Buric, que liderou o time de cientistas. “Mas essa é uma base importante para ajudar outros pesquisadores na exploração dos pontos positivos dessas práticas”, conta.
A boa notícia é que ninguém precisa dispor de muito tempo para experimentar as vantagens citadas acima. Outro estudo, agora da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, mostrou que pessoas que fizeram 20 minutos de exercícios respiratórios simples tinham taxas menores de citocina em comparação com quem passou o mesmo tempo lendo. Vale a pena tentar.