Por que você não deveria usar suplementos para emagrecer
Popular entre blogueiras do universo fitness, compostos não são recomendados, e em hipótese alguma devem ser consumidos sem prescrição médica
No universo dos suplementos, há opções para fortalecimento capilar, crescimento das unhas, memória, foco, imunidade, energia… Mas os suplementos para emagrecer estão entre os mais divulgados entre influenciadores do universo fitness, com promessas de perda de peso rápida.
A realidade, no entanto, é outra.
Primeiro, suplementos não garantem emagrecimento. Muitos deles não possuem sequer qualquer evidência científica de que realmente funcionam. Outros, dizem ser capazes de auxiliar na aceleração do metabolismo e perda de apetite – mas não terão resultados satisfatórios se não andarem lado a lado dos exercícios físicos e dieta balanceada.
Em qualquer cenário, os compostos jamais devem ser tomados sem prescrição médica.
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Riscos do uso de “suplementos naturais”
É importante pontuar que os suplementos naturais não são isentos de efeitos colaterais. Ingredientes como cafeína, efedrina e outros estimulantes, comumente encontrados em produtos de “emagrecimento”, são capazes de causar problemas cardíacos, hipertensão e ansiedade.
Outros componentes, como ervas e extratos vegetais, podem interagir com medicamentos prescritos ou agravar condições de saúde preexistentes.
Há também o risco significativo da falta de regulamentação e fiscalização adequada desses produtos. Muitos suplementos são vendidos sem passar por testes rigorosos de segurança, o que significa que os consumidores podem estar ingerindo substâncias de procedência duvidosa ou em concentrações inadequadas. Afinal, o fato de um produto ser rotulado como “natural” não garante sua segurança.
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Ainda, a automedicação com suplementos para emagrecer pode levar a um ciclo perigoso de dependência e frustração, especialmente quando os resultados prometidos não são alcançados.
Chá verde
Com frequência, é compartilhada a informação de que o chá verde emagrece, e é possível encontrar os componentes em forma de cápsula, pílulas, chás, pós, etc.
Embora ele contenha compostos como as catequinas e a cafeína, associados ao aumento do metabolismo e da queima de gordura, as evidências científicas sobre sua eficácia para perda de peso são mistas. Alguns estudos sugerem um efeito modesto na redução de gordura corporal, enquanto outros não encontram benefícios significativos.
Portanto, o chá verde não deve ser visto como uma solução milagrosa para emagrecer, e seu consumo excessivo pode levar a efeitos colaterais como insônia, irritabilidade e problemas gástricos.
Cafeína é estimulante, não emagrecedora
Já a cafeína propriamente dita é conhecida por seus efeitos estimulantes, que podem temporariamente aumentar o metabolismo e a queima de calorias. No entanto, esses efeitos são pequenos e passageiros, e a perda de peso significativa por meio do consumo de cafeína isoladamente é improvável.
Além disso, o uso irresponsável de suplementos de cafeína pode resultar em problemas como insônia, ansiedade, aumento da pressão arterial e dependência.
É essencial usar cafeína com moderação e sob orientação médica, especialmente em doses elevadas ou formas concentradas.
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Mas e o whey protein?
Suplementos de proteína como o famoso whey protein são reconhecidos como aliados no processo de emagrecimento por ajudar na sensação de saciedade e contribuir para preservar a massa muscular enquanto se perde peso.
Ao aumentar a ingestão de proteínas, especialmente em uma dieta com restrição calórica, o whey pode “reduzir” a fome, evitando excessos alimentares e facilitando o controle do apetite ao longo do dia. A proteína também ajuda a ganhar massa magra, desde que acompanhada por uma dieta que reduz a ingestão de açúcares e gorduras.
Entretanto, é fundamental entender que a suplementação de proteína não emagrece por si só. O aumento isolado desse nutriente na rotina, sem outras adequações na dieta e na rotina de exercícios, não é capaz de promover uma perda de peso.