Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

O que estará no prato do brasileiro em 2020?

Cientistas premiados apostam em tendências relacionadas a uma alimentação mais saudável, personalizada e sem desperdício

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 16 mar 2020, 17h10 - Publicado em 13 set 2019, 17h54
alimentação saudável
Redução do consumo de carne, mais opções para alérgicos e aumento da procura por orgânicos são apostas de especialistas para a alimentação em 2020 no Brasil. (Glenkar/Getty Images / Ilustração: Estúdio Barbatana/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

Todos os anos, a Fundação Péter Murányi premia iniciativas que visam melhorar algum aspecto da sociedade brasileira em certas áreas do conhecimento. O tema da próxima edição é a alimentação. Enquanto o projeto ganhador não sai, vencedores e finalistas de anos anteriores se reuniram para comentar aquilo que acreditam que será tendência na nutrição no Brasil em 2020.

Todos os palpites estão relacionados à busca por uma dieta mais saudável. Confira as apostas:

Menos carne na mesa

Para o bioquímico José Marcos Gontijo, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que levou o Prêmio Péter Murányi de 2008, o vegetarianismo e o veganismo vão bombar no nosso país. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) dão um sinal disso.

De acordo com estudo realizado em abril de 2018, 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos atualmente — são aproximadamente 29,2 milhões de pessoas. Em 2011, quando o Ibope conduziu o primeiro levantamento do tipo, o número não passava de 9%.

Para Gontijo, a população tende a reduzir o consumo de proteína animal em geral, mesmo que não seja uma exclusão total. E há pesquisas indicando que essa atitude faria bem para a saúde.

Há várias opções excelentes para veganos e vegetarianos, como as leguminosas de modo geral e os cereais”, afirma o bioquímico, em comunicado à imprensa. Ele cita, por exemplo, a quinua, o centeio, a aveia e o trigo sarraceno.

Continua após a publicidade

Mandioca como opção para dietas sem glúten

Os relatos de indivíduos diagnosticados com alguma alergia alimentar são cada vez mais comuns. Estima-se que ela afete cerca de 5% das crianças e 2% dos adultos em todo o mundo. E o glúten do trigo pode disparar essa reação em certos indivíduos.

Como substituir esse alimento? A engenheira agrônoma do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) Teresa Vale Losada, que venceu o prêmio em 2012, aposta em um tesouro brasileiro: a mandioca.

“É uma excelente fonte de energia para substituir cereais, como arroz, milho e trigo. A raiz e a farinha são ricas em fibras, alguns sais minerais e vitaminas”, afirma Teresa.

A especialista acredita que ainda há muito espaço a ser ocupado pela mandioca. O incentivo ao consumo nas escolas e instituições públicas e a criação de políticas que recuperem os hábitos tradicionais e saudáveis do Brasil seriam um bom começo para que o tubérculo chegue a mais mesas.

Continua após a publicidade

Veja mais: Todo mundo tem alergia a alguma coisa?

A onda dos orgânicos

O processo de cultivo e produção de um alimento está despertando mais atenção por aqui. É o que pensa o engenheiro agrônomo da Embrapa e finalista da edição de 2016, Marcos David Ferreira.

“A preocupação com a qualidade dos mantimentos estará em primeiro lugar. As pessoas estão mais interessadas em saber de onde as frutas e verduras vêm. Querem saber onde foram produzidos e se possuem resíduos de agrotóxicos”, exemplifica Ferreira.

Ele acha que esse cuidado impulsionará o mercado de orgânicos. Entretanto, o preço salgado desses alimentos dificulta sua popularização.

Continua após a publicidade

“A situação econômica vai influenciar o que as pessoas conseguem consumir. Mas a tendência é de que se busque cada vez mais esse tipo de produto”, conclui o pesquisador.

Para o futuro mais distante

Embora a tendência apontada pelo farmacêutico Franco Maria Lajolo, professor da Universidade de São Paulo (USP) e ganhador do prêmio em 2016, não chegue em 2020, vale ficar de olho nela. “Um caminho que vem se desenhando é a nutrição personalizada”, afirma.

Esse conceito se baseia em ajustar o cardápio de acordo com particularidades do organismo de cada um, considerando inclusive o DNA. O método ainda está longe da prática clínica — desconfie de quem oferece testes genéticos para adequar a dieta ou a atividade física —, porém Lajolo aposta que isso pode mudar em cinco ou dez anos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.