Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Está sentindo cansaço? A razão pode estar no seu prato

A alimentação tem papel fundamental na nossa disposição, já que fornece elementos decisivos para a produção de energia

Por Dan Waitzberg e Natália Lopes (Nutritotal)*
4 out 2021, 12h35
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Falta de concentração e disposição para atividades do dia a dia, dores de cabeça e pelo corpo, irritabilidade, alteração do sono e até mudança no apetite…. Todos esses são sinais de que você está cansado.

    A maioria das pessoas associa esses sintomas a excesso de trabalho, cobranças e acúmulo de tarefas, queixas atualmente bastante comuns. Mas a qualidade da alimentação também tem a sua parcela de culpa.

    Pular refeições, excluir grupos de alimentos ou praticar dietas de emagrecimento muito restritivas, por exemplo, fazem com que a ingestão de energia fique abaixo da quantidade que o seu corpo precisa. Você já viu um carro funcionar sem combustível? Pois bem, nosso corpo é igual.

    A deficiência de “combustível” faz o corpo direcionar a pouca quantidade de energia que entra para processos vitais, como os batimentos do coração, em detrimento de outras funções orgânicas. Com isso, sentimos cair a produtividade, aumentar a indisposição e até a cabeça latejar.

    Em longo prazo, esse processo pode resultar em desnutrição e favorecer a perda de músculos, a queda de cabelo e o aumento de infecções, como a gripe.

    Quando quantidade não é o problema

    Mas, se comer pouco não é o seu caso, e ainda assim você mal consegue levantar da cama todas as manhãs, é preciso avaliar a qualidade da sua alimentação.

    Continua após a publicidade

    + LEIA TAMBÉM: Os cinco perigos das dietas restritivas

    A deficiência de muitas vitaminas e minerais tem como principais sintomas justamente a sensação de fadiga. Isso por que esses micronutrientes participam de muitos processos orgânicos, inclusive aqueles associados à produção de energia.

    O ferro, presente em alimentos como carne bovina, feijões e vegetais verde-escuros, é um mineral que atua no transporte de oxigênio, que, por sua vez, é utilizado pelas nossas mitocôndrias para a produção de energia. Níveis sanguíneos das vitaminas D e B12 também devem ser avaliados em pacientes com queixa de cansaço.

    O consumo de alimentação equilibrada, que inclua diferentes tipos de frutas, legumes e verduras, pode prevenir a deficiência da maioria das vitaminas e dos minerais, mas, caso a deficiência seja grave, o médico ou nutricionista poderá indicar a suplementação mais adequada para reverter o problema.

    O objetivo é ter mais disposição? Então coma carboidratos!

    Ele frequentemente é visto como vilão nas dietas de emagrecimento. Acontece que a exclusão de carboidrato pode aumentar a sensação de cansaço, sobretudo o mental, já que o nutriente é o preferido pelas células para produzir energia.

    Continua após a publicidade

    Sabe quando, no final daquele dia de muito trabalho, sentimos a necessidade de comer um docinho? É o cérebro sinalizando que está faltando energia – e ele quer repor isso da maneira mais rápida, ou seja, a partir de uma fonte de carboidrato. O problema está no tipo e na quantidade que consumimos.

    + LEIA TAMBÉM: Afinal de contas, dieta detox funciona?

    Alimentos ricos em açúcar, como bolos confeitados, doces, itens industrializados e até aquele açúcar adicionado no cafezinho, aumentam rapidamente a quantidade de glicose disponível na corrente sanguínea, o que pode elevar o risco de diabetes.

    Já o carboidrato presente em cereais integrais, raízes (como a mandioca) e tubérculos (a exemplo das batatas), garante a disposição sem aumentar o risco de doenças crônicas. Isso em quantidades equilibradas ao longo do dia, claro.

    Mas e o café?

    Que atire a primeira pedra quem nunca apostou na bebida para vencer o sono e o cansaço. É fato: a cafeína presente no café e em outros alimentos, como chá preto, chá mate, cacau e guaraná, é um potente estimulador do sistema nervoso central, com efeitos no sono, na cognição, na aprendizagem e na memória.

    Continua após a publicidade

    O ponto negativo é que nos adaptamos facilmente aos seus efeitos e precisamos de doses cada vez maiores para obter os mesmos resultados.
    E o consumo de cafeína acima de 500 mg pode induzir efeitos adversos, como tensão, nervosismo, ansiedade, excitação, irritabilidade, náusea, palpitações e inquietação. Vale destacar que 1 xícara de 50 ml de café contém, em média, 80 mg de cafeína.

    Fitoterápicos também têm sido associados à redução de cansaço. Um estudo recente publicado no periódico Nutrients evidenciou os efeitos benéficos da suplementação com extrato de ginseng vermelho coreano para redução de fadiga em mulheres pós-menopausa, concluindo que tais resultados estão associados, principalmente, ao papel antioxidante exercido pelo ginseng.

    Cabe lembrar que existem muitas razões para a sensação de exaustão. Assim, apesar do papel importante da alimentação, alguns outros fatores também podem estar por trás desses sintomas.

    Por isso, se você perceber que o cansaço não melhora após uma noite bem dormida, um final de semana de folga e uma boa rotina alimentar, converse com seu médico e busque uma avaliação de saúde mais detalhada.

    Continua após a publicidade

    * Dan Waitzberg é nutrólogo, professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor do grupo Ganep; Natalia Lopes é nutricionista do Nutritotal e pesquisadora da Faculdade de Medicina da USP

    (Este texto foi produzido pelo Nutritotal em uma parceria exclusiva com VEJA SAÚDE)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.