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Fascite plantar: o que é, sintomas, causas e tratamento

Falta de alongamento ou excesso de exercícios de alto impacto podem causar uma inflamação no tecido dos pés que ajuda a sustentar a musculatura da região

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 15 abr 2024, 18h42 - Publicado em 1 nov 2021, 17h06

As fáscias são tecidos fibrosos que percorrem todo o corpo. Elas oferecem suporte para os diversas estruturas humanas, ajudam a reduzir o atrito e desempenham um papel de suporte para órgãos e a musculatura.

A sua aparência é maleável em um contexto saudável. No entanto, quando afetadas por trauma ou inflamação, as fáscias podem se contrair e afetar tecidos próximos, causando sintomas como dor e dificuldade de realização de movimentos.

O que é fascite plantar?

A fascite plantar está associada a casos de inflamação da fáscia plantar, que recobre a musculatura da planta do pé, começando pelo osso calcâneo (que dá forma ao calcanhar) até à articulação com os dedos.

“Essa estrutura é muito importante porque auxilia na absorção de impacto e mantém a curvatura da planta do pé”, explica Daniel Kamura Bueno, ortopedista e especialista em cirurgia do tornozelo e pé do Hospital São Camilo Ipiranga, em São Paulo.

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Sintomas de fascite plantar

A dor na sola do pé é o principal indicativo do problema. Ela pode acometer o calcanhar de forma intensa ao pisar no chão após acordar ou ter ficado sentado por muito tempo. “Parece uma pontada e costuma aliviar com o passar do dia”, esclarece Bueno.

Muita gente confunde esse sintoma com o esporão de calcâneo, caracterizado pelo crescimento de um pequeno osso no calcanhar.

“É uma coisa secundária,  que vai se formando conforme o calcanhar sofre essa pressão. Mas a maioria da população terá essa pontinha no osso sem dor. Quando ela ocorre, a culpa é da inflamação”, esclarece o ortopedista Luiz Augusto Gaspar, da clínica SAO de Antroscopia e Ortopedia, em São Paulo.

Em suma, os sinais da fascite plantar incluem:

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  • dor na sola do pé
  • sensação de pontada ou queimação
  • crescimento de osso no calcanhar
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Essa inflamação atinge a fáscia plantar, tecido fibroso que absorve o impacto dos movimentos dos pés (Foto: Gustavo Arrais/Veja Saúde)

Causas da fascite plantar

Quem tem a curvatura do pé mais acentuada ou pratica muitos exercícios pode tensionar as fáscias, que tendem a inflamar. Há, ainda, outros fatores que contribuem para issoObesidade, atividade física de alto impacto, uso de calçados inadequados e deformidades nos pés favorecem o problema.

Porém o fator principal é a falta de alongamento“A fáscia plantar tem relação direta com a musculatura posterior da perna que, encurtada por falta de estímulo, provoca uma tração desse tecido. Dessa forma, ele será machucado ao andar, gerando um processo inflamatório e degenerativo crônico”, descreve o ortopedista do São Camilo.

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Essa é uma das patologias mais comuns nos pés e a principal causa de dor no calcanhar, segundo Bueno. “Cerca de 10% da população apresentará incômodo nessa região em algum momento da vida.”

Diagnóstico

Um exame físico no consultório do médico já identifica a fascite plantar. “O ultrassom e a ressonância magnética podem ser solicitados para complementação e exclusão de outras suspeitas”, conta Bueno.

Tratamento para fascite plantar

A primeira opção é o tratamento conservador, que consiste no alongamento da cadeia posterior do corpo (da panturrilha até a coluna) com a ajuda da fisioterapia. O uso de calçados apropriados (solados firmes, palmilhas macias, pequenos saltos, etc) e controle do peso também fazem parte do processo de melhora.

 

Fascite plantar tem cura?

É possível, sim, que a dor suma completamente, mas sempre será essencial manter alguns cuidados, como ter atenção especial à escolha dos sapatos. Pode ser necessário lançar mão de remédios anti-inflamatórios e anestésicos para aliviar o desconforto.

“Massagear as plantas dos pés antes de sair da cama e rolá-los sobre uma garrafa congelada ao chegar em casa são ferramentas muito úteis no controle da dor”, aconselha o médico do São Camilo.

É preciso evitar a atividade física de alto impacto, que costuma piorar o quadro. Andar de bicicleta e praticar esportes na água são algumas das opções.

Pessoas com casos mais graves podem passar pela terapia por ondas de choque e infiltrações. “Elas servem de complemento ao tratamento”, diz Bueno.

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Cirurgia

É muito rara a necessidade de intervenção cirúrgica, que consiste em “liberar” a fáscia plantar, ou seja, retirar parte desses ligamentos.

“Não é garantida a melhora da dor com a cirurgia e pode ocorrer repercussões nocivas à mecânica do pé como, por exemplo, o desabamento do arco plantar (o pé perde a curvatura e fica plano)”, relata Bueno.

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