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Fazer exercício e comer bem estão no topo das metas para 2023

Em pesquisa, esses hábitos surgiram nas primeiras posições na lista de objetivos para o próximo ano. Por que é tão difícil cumpri-los?

Por Thaís Manarini
Atualizado em 4 jan 2023, 12h17 - Publicado em 4 jan 2023, 12h17
promessas para 2023
Dar início à uma atividade física está entre as principais promessas para o ano que se inicia. (Foto: Sincerely Media/Unsplash/SAÚDE é Vital)
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Em levantamento feito no fim de dezembro de 2021, 45% dos entrevistados afirmaram que o principal objetivo para 2023 é cuidar da saúde física e mental. Para isso, 62% pretendem dar início a uma atividade física ou um esporte e 50% miram uma alimentação mais equilibrada. Para 43%, o desejo é de ficar mais perto da natureza, enquanto 21% desejam incluir a meditação na rotina.

A pesquisa foi conduzida pela V.Trends, hub de pesquisas e insights da Vivo, e ouviu 300 homens e mulheres.

Não dá para dizer que o resultado é exatamente uma surpresa. Mexer o corpo e comer melhor são dois dos comportamentos mais decisivos para prevenir uma série de doenças e também emagrecer, um dos grandes hits na lista de desejos a cada Réveillon.

Mas, afinal, por que esses hábitos não foram incorporados ao longo do ano que está chegando ao fim? O que contribui para esse eterno ciclo de promessas?

“Todas essas mudanças de comportamento envolvem a inclusão de hábitos que não estão presentes no dia a dia”, analisa Antonio Herbert Lancha Jr, professor expert em atividade física e nutrição da Universidade de São Paulo (USP), e colunista do site de Veja SAÚDE. “E se você considerar essas práticas como algo para fazer durante o tempo livre, sem entender o retorno disso, vai abandoná-las facilmente quando a produtividade bater à sua porta”, completa.

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+ Leia também: Como gostar de uma atividade física (e persistir nela)

Em outras palavras: quando o chefe pede para adiantar um projeto, a maioria das pessoas decide cancelar a sessão de exercício, trocar um prato de comida no almoço por um salgado devorado na frente do computador, dormir menos e/ou remarcar a terapia.

Para Lancha Jr, isso acontece porque não damos a devida importância a esses hábitos – muitos deles ainda são vistos como lazer. “Mas eles precisam ocupar em nossa vida o mesmo espaço que tem a escovação dos dentes e o banho”, compara. “Precisamos entender que essas atividades são essenciais para carregar a nossa bateria”, ressalta.

A nutricionista Lara Natacci, da Dietnet, em São Paulo, cita outro fator que pesa para que os hábitos saudáveis sejam abandonados ao longo do ano: o imediatismo.

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“Buscamos resultados rápidos. Por isso, muitas pessoas vão atrás de mudanças radicais no estilo de vida”, avalia a expert, que também é colunista no site de Veja SAÚDE.

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Funciona assim: quem é sedentário começa a se exercitar todos os dias, quem deseja perder peso dá início a uma dieta restritiva… “Só que essas metas ousadas são difíceis de serem seguidas. Daí pode acontecer de o indivíduo voltar aos velhos hábitos, sem conseguir manter os resultados positivos”, descreve Lara.

Para ela, um dos grandes segredos para incorporar novos comportamentos de verdade é traçar objetivos realistas – e começar devagar. “Lembre-se que, se mantidas, pequenas mudanças podem trazer grandes resultados”, incentiva.

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Quem sabe, assim, promessas inéditas poderão ganhar espaço quando a virada de mais um ano se aproximar.

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