A alimentação interfere na virilidade?
Nossa colunista desmistifica a relação entre a dieta e o desempenho sexual
Virilidade está ligada a força, vigor e masculinidade. E realmente pode ser algo importante para o bem-estar e a qualidade de vida. Essa relação se torna ainda mais notável quando levamos em conta a alta prevalência de disfunções sexuais e de infertilidade na população mundial.
Sabemos que a idade, o estresse e até mesmo a alimentação podem afetar a função sexual e reprodutiva. Sim, inclusive a alimentação. Para que o corpo funcione de maneira satisfatória, ele precisa de combustível e nutrientes adequados.
Estudos mostram que alguns padrões de alimentação são bem-vindos quando se pensa num bom desempenho sexual. É o caso da dieta mediterrânea, que privilegia um grande consumo de frutas, hortaliças, azeite, peixes e grãos integrais e pede moderação na carne vermelha e em produtos ricos em açúcar e gordura.
Alimentos ricos em antioxidantes, como as frutas (especialmente as vermelhas e roxas), o café, o gengibre, as nozes e as verduras, são protetores da circulação. Não só afastam problemas no coração como diminuem o risco de o homem sofrer de disfunção erétil.
Outro nutriente já ligado à prevenção de disfunções sexuais é o ômega-3. O consumo dessa gordura poli-insaturada, encontrada em pescados e sementes, também é associado a menos chances de ter infertilidade. Na contramão, o abuso de gordura saturada (das carnes e dos produtos industrializados) parece concorrer a favor da maior dificuldade de ter filhos.
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Além dos alimentos em si, deve-se tomar cuidado com a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, pois, apesar de poder aumentar a excitação, elas são capazes de piorar o desempenho sexual. O consumo tem de ser bastante moderado!
E os afrodisíacos? Dá para acreditar que existem alimentos que estimulam a vida sexual? Há pouca evidência científica a respeito. E não há milagre! Mas existem indícios de que alguns alimentos ajudam a melhorar o fluxo sanguíneo para os genitais, caso de abóbora, nozes, abacate e salmão.
Fontes de zinco são especialmente interessantes nesse sentido. Ostras e sementes de abóbora são redutos do mineral.
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Algo que vem sendo cada vez mais demonstrado é a relação entre obesidade e disfunções hormonais, sexuais e reprodutivas. Dados recentes apontam um elo entre a obesidade e menores níveis de testosterona e infertilidade nos homens. Sabe-se que a queda na testosterona circulante contribui para a diminuição da libido e a disfunção erétil.
Manter um peso saudável, portanto, tem reflexos até na vida sexual. Mais um bom motivo para criar uma rotina de exercícios e, claro, cuidar da alimentação!