Os perigos da dieta paleolítica
Em estudo com cobaias, ela gerou aumento de peso e elevou o risco de diabete
Há milhares de anos, a dieta do homem era completamente diferente. Nossos antepassados sobreviviam apenas da caça e da coleta de vegetais, como frutas e tubérculos. Comidas processadas, açúcar e óleos refinados? Ninguém sabia o que era isso. E há quem defenda que, para ter saúde de ferro, deveríamos comer como nossos ancestrais – isso porque os genes não estariam preparados para lidar com os alimentos disponíveis atualmente. É a chamada dieta paleolítica, que vem ganhado vários adeptos ao redor do mundo. Mas será que ela é vantajosa? Segundo pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, esse cardápio pode é trazer prejuízos.
Os cientistas selecionaram ratos com sintomas de pré-diabete e ofereceram a eles uma alimentação inspirada na época das cavernas. Ou seja, a dieta continha mais gordura do que o considerado adequado – devido basicamente à alta ingestão de carnes – e menos carboidrato. Para servir de controle, o outro grupo de ratinhos continuou com seus hábitos alimentares convencionais.
O resultado é preocupante. Depois de oito semanas, os roedores se tornaram mais intolerantes à ação da insulina e engordaram cerca de 15%. Essas mudanças elevam o risco de desenvolver hipertensão, problemas ósseos, artrite e diabete. Apesar de a pesquisa ter sido realizada em ratos, o recado é claro: evite seguir modismos alimentares. A melhor opção para quem deseja acertar a dieta é consultar um nutricionista.