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Ficar bem com menos de 8 horas de sono é mito, diz estudo

Falta de sono pode causar dano cognitivo até para quem dorme 6 horas por noite

Por Ana Carolina Leonardi (da Superinteressante)
Atualizado em 14 mar 2019, 12h34 - Publicado em 23 abr 2017, 14h30
sono
Vários motivos fazem da insônia uma ameaça à saúde cardiovascular. (Foto: Omar Paixão/SAÚDE é Vital)
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Você já deve ter ouvido alguém dizer que “fica ótimo” com apenas 4 ou 5 horas de sono. Essa pessoa pode ser até famosa: a revista Forbes publicou o regime de sono de pessoas de sucesso, que sugere exatamente isso. Mas um estudo mostra que o déficit de sono é mais discreto do que você imagina – e dormir 6 horas por noite já é suficiente para causar problemas na sua.

Dez dias dormindo 6 horas, segundo a pesquisa, causa o mesmo efeito na sua cognição do que passar uma noite inteira acordado: diminui reflexos e velocidade de reação e atrapalha até a capacidade de interpretar textos.

O experimento, realizado na Universidade da Califórnia, em Berkeley, começou pedindo que os voluntários dormissem exatamente 8 horas em uma noite. No dia seguinte, fizeram provas escritas e testaram seus reflexos normais. Os participantes também foram colocados em tarefas bem tediosas, para ver quantas vezes eles davam aquela “pescada” de alguns segundos.

Depois, os voluntários foram divididos em grupos. O primeiro continuava a dormir 8 horas. O outro, 6 horas. O terceiro, 4 horas. O último grupo tinha que virar a noite por até três dias seguidos – e, a cada dia, eles repetiam os testes.

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O grupo da noite em claro, obviamente, teve os primeiros sinais de problema. O desempenho depois de uma única virada já era o equivalente ao de um bêbado, de tão ruim.

Os outros grupos demoraram, mas chegaram lá: quem dormiu 4 horas tinha um desempenho pior a cada dia. No 3º dia, a perda cognitiva era igual à de uma noite insone. Quem dormiu 6 horas levou 10 dias para chegar no nível “álcool” de cognição atrapalhada.

O mais curioso é que eles não percebiam o declínio das suas habilidades. Depois da primeira noite, os pesquisadores perguntaram como tinha sido a prova. Os voluntários que dormiram 6 horas disseram ter tido um desempenho “ótimo” – mas os testes de leitura e reflexo diziam o contrário.

O pior é que os danos aumentavam a cada noite e não deram nem sinal de estabilizar. Ninguém “se acostumou” com a falta de sono, mesmo depois de duas semanas de teste.

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E o domingo?

Tão comum quanto dormir seis horas durante a semana é dormir mais de 8 horas no fim de semana. Mas essa compensação, segundo os pesquisadores, não funciona – pelo menos não tão rápido. Depois do experimento, eles permitiram que todos os grupos dormissem o quanto quisessem por três dias. A capacidade cognitiva melhorou, mas continuou abaixo do nível inicial.

A conclusão dos pesquisadores foi, então, de que o fim de semana não basta para readequar o seu sono. Para manter o cérebro e a mente nos trinques, as oitos horas por noite precisam ser um plano a longo prazo.

Esse conteúdo foi originalmente publicado no site de Superinteressante.

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