Não vai comer carne na Semana Santa? Veja 5 opções para substituir a proteína animal
Pescados até estão "autorizados", mas também tem quem queira ir além, testando uma dieta vegetariana

Seja por realmente seguir tradições religiosas ou apenas para seguir um costume herdado da família, a Semana Santa é a época em que muitos brasileiros tomam uma decisão consciente de evitar alguns tipos de carne. Isso chega ao ápice na Sexta-Feira Santa, dia consagrado pelo consumo de pescados, como o bacalhau.
Esse período acaba fazendo com que muita gente decida dar um passo além, substituindo por completo qualquer tipo de proteína animal. Mas, se você não tem o hábito de comer receitas vegetarianas ou veganas, pode ser difícil saber por onde começar.
Conheça algumas alternativas para substituir as carnes no prato.
1. Proteína de soja

Em termos de textura e qualidades nutricionais, o substituto mais clássico para a carne é a proteína de soja, uma alternativa muito rica nesse nutriente. Dependendo da versão, pode ter até mais proteína do que o próprio produto animal.
Ela também consegue aparecer em receitas sem provocar uma diferença tão perceptível no paladar.
Se a ideia é um prato bem comparável ao feito com carne, a dica de ouro é colocá-la onde você usaria um guisado, como no molho do macarrão, num escondidinho ou lasanha.
2. Lentilha

De modo geral, as leguminosas são boas fontes de proteínas. Dá para comer lentilha de vários modos, mas se a ideia é colocá-la como substituta da carne em alguma receita, a melhor pedida é fazer um hambúrguer vegano, misturando o produto cozido com farelo de aveia e farinha de arroz, por exemplo, até modelar um “bifinho”.
3. Grão-de-bico

O grão-de-bico tem um sabor mais marcante que a lentilha, então muita gente acaba torcendo o nariz para seu uso como substituto, já que o gosto pode causar estranheza.
Mas também dá para fazer hambúrguer com ele e, se seu foco são os nutrientes, ele é bem parecido na contagem proteica da lentilha: os dois têm entre 21 e 23 gramas de proteína a cada 100 gramas do produto cru, com o grão-de-bico levando a vantagem na quantidade de fibras.
4. Ervilha

A ervilha tem bem menos proteínas que as opções acima, mas também é uma alternativa muito versátil para preparar desde hambúrgueres, falafel e quibes até caldos ou pestos.
Por ser um alimento mais presente no dia a dia, também costuma ser mais bem aceita do que outras opções para quem ainda está se acostumando à ideia de largar a carne.
5. Cogumelos

O diferencial dos cogumelos é a textura, já que eles são bem menos eficientes em fornecer proteínas. A ideia, aqui, não é tanto substituir a carne em termos nutricionais, mas encontrar uma opção saborosa que possa ocupar seu lugar em receitas.
Além dos clássicos molhos e risotos ao funghi, cogumelos podem ser refogados na manteiga com especiarias e servidos acompanhados de guarnições, substituindo, por exemplo, uma combinação que usaria iscas de carne. Também podem ser opção em hambúrgueres.
Proteínas animais “liberadas” antes da Páscoa
Agora, se a sua ideia é apenas evitar as carnes que a Igreja “proíbe” nessa época, não precisa abrir mão por completo das proteínas animais. Como mencionamos no início do texto, não há qualquer impedimento por motivos religiosos ao consumo de peixes.
Ao longo dos tempos, a Igreja também emitiu autorizações especiais a carnes de animais inusitados como a capivara, cujo consumo é obviamente contraindicado pela chance de adquirir doenças.
Por sinal, se a preocupação com a dieta for realmente ocasionada pela religião, já vale o lembrete para não errar de novo no ano que vem. A rigor, a tradição de trocar carnes vermelhas por pescados não se refere apenas à Semana Santa, mas a todo o período da Quaresma, que começou lá no final do Carnaval.