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Comer, postar e julgar: a alimentação sob as regras da internet

Nova edição de VEJA SAÚDE investiga até que ponto as acusações contra alimentos comuns à mesa do brasileiro se sustentam nas provas da ciência

Por Diogo Sponchiato
18 out 2024, 13h24
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Trigo, ovo, leite e açúcar: alvos frequentes de críticas na internet (Foto: Bruno Marçal/Veja Saúde)
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Que seu alimento seja seu remédio. Eis a famosa frase atribuída ao pai da medicina ocidental, Hipócrates, que teria sido proferida há mais de 2 mil anos. Frase que foi citada à exaustão, tatuada em tudo quanto é canto e, ainda hoje, continua sendo postada e compartilhada nas redes sociais.

Há um fundo de verdade nela, se pensarmos que uma pessoa bem nutrida tem muito mais chances de permanecer saudável. Mas, com o conhecimento atual, ninguém em sã consciência buscaria tratar uma doença grave, passível de ser controlada com injeções, comprimidos ou procedimentos, à base de salada ou algum ingrediente especial.

Essa ponderação ao slogan hipocrático se faz necessária tão e simplesmente porque a ciência evolui, nos dando as respostas e as recomendações mais respaldadas para cuidar do corpo. E, sim, o que a gente come pode aumentar ou não a propensão a certas doenças — bem como a capacidade de convalescer delas. Um poder que não é restrito à alimentação, é bom que se diga. Exercitar-se e manter em fogo brando o estresse também nos afasta de problemas.

Da mesma forma que alimentos não são necessariamente remédios, compará-los a venenos também é uma atitude que carece de reflexão. E é aí que pisamos no tribunal da comida que estampa nossa capa. Na internet, há uma horda crescente de pessoas detratando alimentos que fazem parte da mesa do brasileiro.

Dessa caça às bruxas nutricional participam influenciadores, celebridades e até profissionais de saúde. Trigo, leite, açúcar, ovo… Eles costumam ser os alvos das acusações, sentados na cadeira dos réus como os responsáveis pelos males que assolam a humanidade. Ah, se fosse tão simples assim.

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Em Sobre a Medicina Antiga, livro que a Editora Unesp acaba de publicar em edição bilíngue e comentada, Hipócrates reúne lições sobre a arte de cuidar dos pacientes, e muitas delas se amparam em orientações sobre dieta à luz do que se sabia àquela época.

Em nenhum momento o grego advoga uma solução milagrosa — cortar apenas o alimento A ou B — para sarar os doentes. Pelo contrário, defende que é com base no estudo e numa consulta sensível que se pode melhorar a vida do paciente.

Então como é que nós, aqui no século 21, podemos confiar em posts e vídeos assegurando que o segredo do emagrecimento, do bem-estar e da longevidade — a dica infalível proposta a bilhões de pessoas — reside na exclusão de um pãozinho ou de um copo de leite?

Sugiro a você seguir os passos da repórter Ingrid Luisa, que investigou essa história e traz seu veredicto em cima de entrevistas e pesquisas, numa linguagem que faz jus a outro princípio postulado por Hipócrates — “Falar coisas que são compreendidas pelo público”.

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O Oscar de VEJA SAÚDE

Na noite de 26 de setembro, anunciamos, numa cerimônia em Brasília, os trabalhos vencedores do Prêmio VEJA SAÚDE & Oncoclínicas de Inovação Médica.

Temos orgulho de encabeçar esse projeto que reconhece pessoas e instituições que se empenham em fazer a diferença na ciência e na saúde brasileira. No panteão de 2024, celebramos a criatividade, o talento e o esforço de oito equipes por trás de avanços clínicos, tecnológicos e sociais. Parabéns aos campeões!

Que tal conhecê-los numa reportagem especial?

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