Pesquisadores capitaneados pela Universidade de Aarhus, na Dinamarca, constataram que a musculação e outras atividades de força beneficiam diretamente o cérebro de quem tem esclerose múltipla. Essa doença autoimune afeta o sistema nervoso, culminando em sintomas como fraqueza e dificuldades de locomoção.
“O efeito positivo dos exercícios no cérebro é conhecido, mas ainda não sabemos como ocorre”, conta a educadora física brasileira Jéssica Garcia, que trabalha com doenças neurodegenerativas na Universidade de Coimbra, em Portugal.
O que não se discute é a importância de aderir às sessões de ginástica. “Quem é ativo consegue manter a autonomia”, diz Jéssica. O educador físico Otávio Furtado, cujo mestrado foi focado na doença, concorda: “Há melhora no cansaço, no equilíbrio e na força muscular”.
Orientações para quem tem esclerose múltipla malhar em segurança
Comece devagar
Não era superativo antes? Então nada de virar atleta de repente.
Fuja do sol forte
O calor aumenta o risco de surtos. Lembre-se de manter a hidratação.
Faça natação em água morna
A temperatura adequada gira em torno de 26 a 30 °C. Nem fria nem quente.
Evite pancadas na cabeça
Modalidades como boxe e muay thai podem trazer mais prejuízos ao cérebro.
Avalie o melhor horário
Contorne a fadiga. Em geral, de manhã temos mais energia.
Como identificar um bom professor
É essencial buscar um profissional que se dedique a conhecer a doença e as limitações que ela impõe a cada pessoa. Um indivíduo com equilíbrio abalado terá necessidades diferentes das de alguém com enrijecimento muscular, por exemplo.