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Cefaleia: o que significa, causas, como evitar e quais os tratamentos

Nome técnico para dor de cabeça, a cefaleia pode ter vários tipos (da tensional à enxaqueca). Conheça os sintomas, a prevenção e o que melhora o problema

Por Chloé Pinheiro e Goretti Tenorio
7 jul 2020, 19h03
tipos de dor de cabeça o que melhora
As dores de cabeça estão entre os problema de saúde mais comuns. (Foto: Veja Saúde/SAÚDE é Vital)
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Cefaleia significa dor de cabeça. E esse é um dos problemas de saúde mais frequentes, com causas e tratamentos variados. Os médicos chegam a apontar mais de uma centena de variações de cefaleia, separadas em duas categorias: primárias e secundárias. Fazem parte do primeiro grupo aquelas sem uma motivação externa — ou seja, a dor de cabeça é uma doença em si. O exemplo típico é a enxaqueca. Já as secundárias são detonadas por outros males, como sinusites, gripes ou até mesmo aneurismas ou tumores cerebrais.

Entre as cefaleias primárias, destaca-se a do tipo tensional, de intensidade leve a moderada. Essa dor mais corriqueira em geral é associada ao estresse. O nervosismo e mesmo a alegria extrema modificam a química cerebral, deixando os neurônios superexcitados. O quadro acaba provocando uma contração muscular constante na região do pescoço e ao redor do crânio. O resultado é uma dor que pode se instalar nos dois lados da cabeça, na nuca e na testa.

Bem mais rara, a cefaleia em salvas se caracteriza por sintomas que vêm em períodos curtos, de uma a três vezes ao dia, durante algumas semanas ou meses. São dores súbitas e intensas, de um lado só da cabeça, localizadas na região dos olhos e acompanhadas de obstrução nasal e lacrimejamento. Durante as crises, a pessoa tende a ficar bastante agitada.

Uma terceira forma de manifestação primária da cefaleia é a enxaqueca, acentuada por cheiros fortes, ruídos e ambientes com muita luz. Mais frequente em mulheres do que em homens — acredita-se que os hormônios femininos tenham participação importante no sofrimento —, o distúrbio provoca dor de cabeça latejante, de moderada a intensa, por vezes acompanhada de náusea, vômito e alterações na visão.

Já no grupo das cefaleias secundárias, aquelas provocadas por outras doenças, um dos principais gatilhos é a sinusite. Com as cavidades dos ossos da face inflamadas, o acúmulo de muco cria uma pressão, provocando a dor na região frontal da cabeça.

E, claro, excesso de álcool, falta de sono e outros fatores podem disparar crises de dor de cabeça. Há também episódios de infecção por coronavírus marcados por esses desconfortos.

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Sinais e sintomas da cefaleia

  • Dores (a região da cabeça e a intensidade ajudam a definir o tipo do problema)
  • Sensação de peso ou de aperto na cabeça
  • Náusea e vômito
  • Olho lacrimejante
  • Sensibilidade à luz
  • Distúrbios de visão: o paciente enxerga pontos pretos (enxaqueca com aura)

Causas e fatores de risco

  • Estresse
  • Longos períodos de jejum
  • Sono irregular
  • Tabagismo
  • Problemas oftalmológicos
  • Abuso de alimentos como café e chocolate
  • Excesso de ingestão de bebida alcoólicas
  • Cheiros fortes
  • Abuso de analgésicos

Como evitar a dor de cabeça

Para afastar as cefaleias e suas crises, a melhor estratégia é investir numa rotina saudável, que envolve uma dieta equilibrada, sono regular e manejo do estresse.

Embora não exista um alimento que sirva de gatilho para todas as pessoas com enxaqueca, por exemplo, é possível que um ou outro item do cardápio esteja associado a crises de um indivíduo específico. Por isso, verifique se algum item de seu cardápio não está disparando dores — mas, se tiver uma suspeita, converse com o profissional de saúde antes de tomar qualquer atitude. Chocolate e vinho tinto às vezes disparam os incômodos.

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Por fim, deve-se praticar atividades físicas, adequadas ao condicionamento de cada um — os treinos trazem bem-estar e combatem uma das maiores causas do distúrbio, a ansiedade.

O diagnóstico

Com tantos possíveis fatores desencadeantes, é importante procurar ajuda médica para identificar o tipo de cefaleia e, assim, montar a estratégia para minimizar o problema. A descrição das crises, de sua frequência e das situações em que acontecem é o ponto de partida, seguido do exame físico.

Um histórico desses é essencial para diagnosticar especialmente a enxaqueca. O especialista pode solicitar a realização de tomografia ou ressonância da cabeça para descartar a possibilidade de outras doenças estarem por trás das dores de cabeça.

O tratamento

A cefaleia tensional não costuma causar maiores transtornos: é moderada e pode ser combatida com um analgésico ou uma atividade relaxante, como uma caminhada ou massagem na área afetada. Algumas pessoas notam melhora do sofrimento quando o remédio tem cafeína na fórmula – a substância potencializa o efeito do fármaco.

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Mas vale o alerta: abusar de medicamentos, principalmente sem prescrição, pode provocar o efeito rebote. Não são raros os casos de pessoas que desenvolvem uma dor de cabeça crônica de tanto tomar comprimidos. Se notar que os incômodos estão mais frequentes, procure um especialista.

E sim: há quadros em que a cefaleia não tem cura. A enxaqueca é um exemplo. Mas a boa notícia é que os tratamentos têm evoluído bastante. Atualmente, há medicações modernas que reduzem o número de crises enxaquecosas. E outras que amenizam a intensidade das dores.

Além do tratamento medicamentoso, é importante ter disciplina para mudar os hábitos desencadeadores do problema (dormir pouco, ingerir determinados alimentos ou bebida alcoólica, por exemplo).

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