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Sinusite: o que é, causas, sintomas e tratamentos

Vírus e bactérias podem infeccionar os seios nasais, mas às vezes o problema é crônico ou desencadeado por outros fatores de risco, como poluição e cigarro

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 19 abr 2023, 18h21 - Publicado em 5 out 2021, 12h30

A sinusite é uma inflamação dos seios nasais, que são cavidades [espaços internos] anexas às vias aéreas superiores.

Essas estruturas são revestidas por um tecido que produz muco. Além de filtrar o ar, elas fazem com que o catarro seja engolido ao invés de ir para o pulmão.

“As cavidades têm uma função muito importante. Trabalham 24 horas aquecendo o ar inspirado, protegendo assim nossa respiração e a nossa voz, já que também ajudam a preservar a laringe”, explica Luiz Carlos Sava, otorrinolaringologista e professor da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

‘Se não fossem esses espaços, o rosto iria ficar muito pesado e a respiração dificultada”, completa o médico.

Quando os seios nasais não dão contam de fazer seu trabalho, as impurezas se acumulam e entopem esses canais, gerando a infecção.

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As causas da sinusite

Há dois tipos principais de sinusite, a viral e a bacteriana.

A viral é mais comum e menos grave. A bacteriana tem início semelhante, mas pode se agravar com o tempo, e deve ser tratada com uma combinação de medicamentos.

Gripes, resfriados, crises alérgicas e inflamações na garganta podem servir de caminho para a formação da sinusite.

Tem mais probabilidade de entupir os seios nasais quem vive em áreas com muita poluição, fuma ou tem doenças respiratórias crônicas, como a asma.

Algumas pessoas desenvolvem ainda sinusite crônica, quando as crises são constantes, facilitadas por alterações estruturais dos seios nasais e das vias aéreas.

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Principais sintomas da sinusite

Nariz entupido, sensação de pressão na região do nariz, bochecha, testa e ao redor dos olhos, dores de cabeça, cansaço e febre são alguns dos sintomas da sinusite mais simples, a viral. Ela dura apenas alguns dias.

Quando os sintomas começam a piorar, é sinal de sinusite bacteriana.

“Percebe-se que é mais grave quando há uma secreção nasal amarelada, purulenta. Além das dores e da sensação de peso na face, a pessoa pode ter tosse e pigarro, porque o quadro afeta a garganta, e é possível aparecer ainda uma diminuição do olfato”, esclarece Sava.

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O diagnóstico da sinusite

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Lavagem com soro fisiológico das vias aéreas é uma das ações no combate e prevenção da sinusite (Ilustração: Erika Onodera/SAÚDE é Vital)

Um exame físico feito pelo médico identifica a sinusite, observando a presença de secreção no nariz.

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“O quadro pode ser tratado e diagnosticado por qualquer especialista. A pessoa é encaminhada a um otorrinolaringologista geralmente quando há suspeita de um caso mais grave”, explica o médico da PUCPR.

Os casos crônicos podem ser detectados por uma endoscopia nasal ou uma tomografia computadorizada. Esses exames mais profundos descartam ainda suspeita de tumores que, raramente, podem estar causando obstruções.

Como é feito o tratamento da sinusite

Para combater a infecção e restabelecer o fluxo de drenagem da região, o mais comum é o uso de medicamentos antibióticos, quando a sinusite é bacteriana, e lavagem dos seios nasais com soro fisiológico.

Descongestionantes orais ou nasais e anti-inflamatórios podem fazer parte do tratamento.

Em formas mais graves, o médico prescreve remédios da classe dos corticoides, orais ou nasais, por, no máximo, cinco dias.

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“Ressaltando que esse tipo de medicação não pode ser utilizada por quem tem problemas cardíacos, nem por crianças pequenas”, explica o otorrinolaringologista.

Por fim, casos recorrentes e graves podem passar por cirurgia. São dois tipos.

Na cirurgia funcional dos seios paranasais, é feita uma limpeza e ampliação de todos os canais para facilitar a respiração.

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Já a turbinectomia é um procedimento feito para reduzir o volume dos cornetos nasais, estruturas que ficam dentro do nariz e que, quando muito grandes, dificultam a entrada de ar e facilitam o acúmulo de muco na região.

Riscos de não tratar

Sem contar o impacto na qualidade de vida, como os seios da face nos protegem de partículas do ar e impurezas, há o risco da secreção começar a se espalhar se esses canais ficam obstruídos por muito tempo.

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“Chegando ao pulmão, há o risco de uma pneumoconiose, doença comum em quem trabalha com inalação de poeira. Esse muco infeccionado também pode ir para os olhos e para o cérebro, criando infecções bastante graves, com risco de cegueira e morte”, explica o médico.

 

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