Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Atividade física prolonga efeito das vacinas da Covid em grupos de risco

Em estudo com mais de 700 pessoas, número de anticorpos se mostrou significativamente maior após seis meses de vacinação naquelas com hábito de se exercitar

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 14 fev 2022, 15h45 - Publicado em 14 fev 2022, 14h33
atividade física covid
Praticar exercícios regularmente seria como um "reforço natural" à ação das vacinas. (Foto: Gabin Vallet/Unsplash/Divulgação)
Continua após publicidade

Em estudo divulgado no ano passado, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram que ser ativo turbina a resposta imune às vacinas da Covid-19. Agora, em um desdobramento do trabalho, eles perceberam que manter o corpo em movimento também faz o efeito das doses durar mais tempo.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram 748 pacientes do Hospital das Clínicas de São Paulo com doenças reumáticas autoimunes – como artrite reumatoide, lúpus, esclerose sistêmica, miopatias inflamatórias, entre outras.

Nessas pessoas, o sistema imunológico não funciona tão bem quanto deveria (são os imunossuprimidos). Dessa maneira, elas não só ficam mais suscetíveis a quadros graves de Covid como tendem a apresentar uma resposta imune menor ao tomarem vacinas. Daí porque são grupos prioritários para receber novas doses do imunizante.

Na pesquisa da USP, primeiro os cientistas comprovaram a segurança e a efetividade das duas doses da CoronaVac entre esse pessoal e, depois de seis meses da vacinação, realizaram exames de sangue nos voluntários – esse é o tempo que leva para a resposta ao imunizante do Instituto Butantan começar a cair, conforme estudos prévios.

+ LEIA TAMBÉM: O guia do exercício na era digital

Os participantes ainda relataram como eram seus hábitos no que diz respeito à prática de exercícios. Para ter ideia, 421 se exercitavam, enquanto 327 eram inativos.

Continua após a publicidade

A partir desses dados, constatou-se o seguinte: seis meses depois da aplicação da vacina, as taxas de anticorpos (tanto do tipo IgG como neutralizantes) eram significativamente maiores naqueles indivíduos que praticavam exercícios físicos em comparação aos sedentários.

Há benefícios em começar agora?

Essa é uma escolha que sempre vale a pena, defende o especialista em fisiologia do exercício Bruno Gualano, líder da pesquisa e professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP. Até porque se mexer está comprovadamente relacionado a uma redução no risco de diversas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e câncer.

No estudo da USP, foi considerado ativo o sujeito que praticava alguma atividade física moderada ou vigorosa por pelo menos 150 minutos por semana. Ou seja, coisa de 30 minutos, cinco vezes na semana.

Continua após a publicidade

+ LEIA TAMBÉM: As 10 tendências fitness para 2022

Os pesquisadores não chegaram a avaliar há quanto tempo essas pessoas mantinham uma rotina ativa antes de receber as duas doses da injeção, mas outros pontos foram levados em conta.

“Perguntamos se elas haviam feito exercícios uma semana antes da vacina, por exemplo, e também como era a movimentação no lazer, no trabalho, nos deslocamentos diários e nas atividades domésticas”, explica o professor da USP. A resposta à vacina foi proporcional à quantidade de atividade praticada.

O pesquisador comenta que alguns dos voluntários faziam 50 minutos diários de exercícios, acima do mínimo exigido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e demonstraram uma resposta imune maior do que os demais.

Continua após a publicidade

“Cada sistema do corpo responde de uma maneira à atividade física, inclusive o imunológico. Assim que a pessoa muda a rotina, ela vai sentir os benefícios no organismo com o tempo. E eles vão aumentando conforme essa prática fica regular”, analisa Gualano.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.