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Como aliviar a cólica em bebês?

Mesmo não sendo nada grave, a cólica preocupa os pais. Descubra quais estratégias ajudam de verdade a reduzir a dor e o que é balela

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 28 jan 2019, 10h29 - Publicado em 28 jan 2019, 10h01
cólica em recém nascido como aliviar
Cólicas em recém-nascidos costumam tirar a paz dos pais. Mas dá para amenizar a situação (Ilustração: Bárbara Malagoli/SAÚDE é Vital)
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Parte do desenvolvimento infantil, as cólicas em recém-nascidos estão relacionadas ao tipo de dieta da criança, perfil da microbiota e o sistema gastrointestinal ainda em formação. Apesar de não serem sinal de algo grave, os acessos de choro, contorcionismos de braços e pernas e gritos inconsoláveis pelos quais elas são marcadas acabam assustando e tirando o sono dos pais.

Mas, não se preocupe: algumas estratégias simples ajudam a amenizar as crises. Veja abaixo o que é possível fazer para diminuir o sofrimento do bebê e também as atitudes contraindicadas.

Como aliviar cólica do bebê

Massagem: deve ser feita em sentido horário ao redor do umbigo, com movimentos suaves e um pouco de pressão. Métodos como a shantala também funcionam.

Calor: bolsas térmicas até são úteis, mas há risco de queimaduras. O melhor é o contato pele a pele, com a barriga do bebê colada na do adulto.

Banho quentinho: o princípio segue o do item acima. A água morna relaxa a musculatura do bebê e alivia as dores. Em alguns casos, ele embala na soneca.

Falsa sucção: o movimento de sugar dá prazer e acalma o neném. Então, ele pode ser posicionado próximo ao peito ou mesmo com a boca no dedo da mãe ou do pai. Só cuidado com a chupeta, que falaremos adiante.

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Carinho: pegar no colo, fazer carinho, cantar… O suporte emocional e a proximidade física são fundamentais para atenuar a crise. Fora que estreitam laços entre pais e bebê.

Arrotar: eliminar gases é bacana, mas nem toda criança arrota e fica tranquila. O essencial é mantê-la de barriga para cima e cabeça levemente elevada depois da mamada.

Amamentar: se o pequeno quiser comer durante uma crise, a mãe pode dar o peito. Basta tomar cuidado para que ele não mame demais e, assim, tenha prejuízos na digestão.

Enrolar: quanto mais aninhado o bebê estiver, mais se sentirá como se morasse no útero, o ambiente mais confortável e seguro que ele já viu.

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O que não é aconselhado

Oferecer chás: como eles costumam ser colocados na mamadeira, estão associados a um risco elevado de desmame precoce. Daí por que são contraindicados.

Desmamar: os episódios podem dificultar a amamentação e causar frustração. Mas o leite materno é o alimento mais bem tolerado pelo intestino do pequeno.

Dar chupeta: ela até tem seu papel aliviador, só que deve entrar em cena apenas quando o aleitamento estiver bem estabelecido, porque também facilita o desmame.

Automedicação: remédios antigases e analgésicos, como o paracetamol, devem ser indicados pelo pediatra, e de preferência quando outras táticas falharam.

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E o que é controverso

Bicicletinha: o movimento das pernas é eficaz, mas suspeita-se que a pressão pode lesar articulações — ainda mais se os membros estiverem esticados. Tenha cautela.

Probióticos: Lactobacillus reuteri é a bactéria mais promissora nos estudos de prevenção do quadro. Acontece que a ciência não bateu o martelo sobre a real eficácia.

Acupuntura: é aliada na redução da dor de recém-nascidos e bebês, mas faltam evidências robustas sobre a ação específica na presença da cólica.

Troca de fórmula: a láctea, feita com leite de vaca, pode instigar o incômodo. Porém, só o médico está apto a confirmar se a substituição compensa.

Colaborou: Marcus Renato de Carvalho, pediatra e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e responsável técnico da pesquisa de Luftal

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