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O cuidado com a saúde óssea na pós-menopausa

No mês da mulher, identificar os sintomas da osteoporose e buscar acompanhamento médico para agilizar o diagnóstico e o tratamento são questões fundamentais

Por Laura Mendonça, reumatologista*
28 mar 2024, 10h19
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  • A osteoporose é uma doença crônica que diminui a quantidade e a qualidade óssea, fragilizando o esqueleto e aumentando a suscetibilidade às fraturas por pequenos traumas ou mesmo sem impacto algum. Uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens com mais de 50 anos sofrerão uma fratura por causa da osteoporose. 

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    No Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Metabolismo (Abrasso), cerca de 10 milhões de pessoas vivem com osteoporose e somente 20% sabem ter a doença. Mesmo os indivíduos que sofreram uma fratura por fragilidade permanecem sem diagnóstico e tratamento, como se ter ossos quebrados na idade avançada fosse “normal”. 

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    No ano seguinte à fratura de quadril, ocorre um aumento da mortalidade em torno de 20%. A falta de diagnóstico se agrava ainda mais, porque as fraturas vertebrais são assintomáticas em mais de 50% dos casos. Precisamos sempre fazer uma busca ativa através de radiografias de coluna nos pacientes com osteoporose.  

    Essas estatísticas áridas não refletem os efeitos muitas vezes devastadores que as fraturas infligem a essas mulheres e homens e seus familiares. As fraturas podem causar:

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    Vale destacar alguns sinais de aviso para a descoberta da doença: dores repentinas nas costas, perda de mais de 4 centímetros de altura, aumento da curvatura anterior da coluna e fraturas por quedas pequenas (da cadeira ou mesmo após uma tosse forte, por exemplo).

    Realizar o diagnóstico precoce através da densitometria óssea ou de exames de imagem que constatem as fraturas é fundamental para a escolha correta da medicação. Existem atualmente muitas medicações para tratar a osteoporose dependendo da gravidade da doença, do perfil do paciente e do objetivo do tratamento. 

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    +Leia também: Pessoas com osteoporose podem (e devem) fazer exercícios

    Não existe “receita de bolo” para tratar todos os pacientes. O tratamento precisa ser individualizado por um médico especialista no assunto. Nunca tome medicamentos prescritos por amigos ou vizinhos. Podem não ser adequados para você.

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    A boa notícia é que, nos últimos anos, novas terapias foram criadas, capazes de não só interromper a perda de massa óssea como também reverter parcialmente a doença. São medicações que formam osso rapidamente e diminuem o risco de fratura em poucos meses. 

    Esses “osteoformadores” são reservados para casos mais graves da osteoporose, onde temos uma grande perda de massa óssea ou fratura por baixo impacto.

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    Muitas dessas medicações foram agora incorporadas na listagem de medicamentos fornecidos pelo SUS e também pela ANS, via planos de saúde. A dispensação dessas medicações seguirá preceitos de categorização de risco de fratura e foram estabelecidos por um protocolo clínico, do qual participei, junto com o Ministério da Saúde e muitas Sociedade Médicas.  

    Apesar desse avanço recente no ano passado, precisamos de mais. É importante introduzir novos tratamentos e ampliar o uso das tecnologias já incorporadas para que mais pessoas tenham opções de medicamentos de rápida ação. 

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    Vale destacar que a sociedade civil pode participar dessas consultas públicas, periodicamente realizadas e disponíveis de forma online, que avaliam a introdução de novas terapias no SUS. A contribuição do público é fundamental para que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) decida sobre a aquisição de novos medicamentos e tecnologias.

    O enfrentamento da osteoporose deve ser feito pelo paciente na busca do diagnóstico precoce, pelos médicos na escolha do melhor tratamento para cada indivíduo e pelo  governo e seguradoras médicas, no intuito de propiciar acesso a todas essas medicações para o maior número possível de pacientes. 

    Somente assim diminuiremos essas estatísticas elevadas de morbidade e mortalidade relacionados às fraturas osteoporóticas.

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    *Laura Mendonça é reumatologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

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