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Não se exercite para ficar em forma: fique em forma para se exercitar

Fisioterapeuta explica por que cuidar do corpo e realizar um trabalho preventivo é fundamental antes e durante a prática de atividade física

Por Thiago Fukuda, fisioterapeuta*
12 jan 2022, 10h35
exercícios físicos
Ao incrementar da prática de atividade física ou esportiva, o risco de lesões ortopédicas tende a subir, por isso é importante fazer um trabalho preventivo para suportar essa demanda crescente (Foto: John Arano/Unsplash/Divulgação)
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As vantagens da prática de atividade física vão muito além de ter um corpo bonito e definido. Elas incluem também a melhora dos sistemas cardiovascular e musculoesquelético – como articulações, músculos e tendões –, do sono, do raciocínio, da memória, da disposição, além de sensações de relaxamento e inclusão social, entre outras.

Quando falamos de esportes competitivos, somam-se a esses efeitos uma maior aptidão física, mudanças de hábitos para se obter melhores resultados e alterações comportamentais, como foco, disciplina, autoconfiança, liderança, resiliência e controle emocional.

Entretanto, com o incremento da prática de atividade física ou esportiva, o risco de lesões ortopédicas também tende a subir – muitas vezes, a pessoa aumenta o volume de treino, mas não necessariamente faz um trabalho preventivo para suportar essa demanda crescente.

Quando o desconforto de alguns dias se torna uma lesão constatada, a interrupção do treinamento ou até mesmo o afastamento podem representar o pior cenário para o indivíduo que já considera o esporte quase como uma necessidade dentro de sua rotina.

Pensando assim, a prevenção é sempre o melhor remédio.

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Como reduzir o risco de problemas

Joelho, coluna, quadril e ombro encabeçam as principais áreas do corpo suscetíveis a lesões por sobrecarga, tanto em esportes mais tradicionais como futebol, corrida, vôlei e tênis, como em atividades “da moda”, a exemplo de funcional, Crossfit e beach tennis.

Talvez o ponto mais importante quando se fala em prevenir lesões diz respeito ao volume de treino.

O autoconhecimento e o controle de variáveis importantes durante o treinamento – como intensidade, duração e frequência – podem ajudar muito na manutenção do cansaço, da fadiga, da dor muscular, da dor articular pós-treino ou de outras lesões por sobrecarga.

Vale sempre lembrar que existem profissionais e especialistas aptos a direcionar e equalizar todos esses processos de aumento de volume de treino, minimizando risco de lesões. São eles: fisioterapeutas, profissionais de educação física e médicos do esporte.

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Mais um ponto imprescindível é a realização de um check-up cardiológico com rotina de uma vez ao ano.

Outra abordagem necessária no esporte é o trabalho paralelo de fortalecimento muscular e correção do movimento ou gesto esportivo.

Existem músculos no quadril, nos joelhos, na coluna e nos ombros que têm funções imprescindíveis de estabilização dinâmica e proteção das articulações. Eles precisam ser constantemente ativados ou fortalecidos.

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Somado a isso, uma análise do movimento para buscar possíveis padrões que sobrecarregam as articulações também pode mostrar ao atleta quais músculos devem ser fortalecidos, alongados ou relaxados.

Portanto, associar atividades como musculação, pilates e fisioterapia preventiva à prática esportiva pode ajudar (e muito) na prevenção de lesões.
Por fim, outros fatores não podem ficar de fora da rotina de atletas e pessoas que praticam atividade física regularmente: manter uma boa qualidade do sono, comer bem e usar vestimentas e calçados adequados para o exercício escolhido.

A mensagem final deste artigo, baseada em todas essas informações, é a seguinte: devemos nos cuidar sempre para que possamos manter nossa vida atlética e esportiva com qualidade e longevidade.

Thiago Fukuda é fisioterapeuta, tem pós-doutorado em Biomecânica pela University of Southern Califórnia, nos Estados Unidos, e é diretor-clínico do Instituto Trata – Joelho e Quadril*

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