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Exercícios de força para quem teve Covid-19

Vale muito trabalhar a musculatura após a infecção. Veja os benefícios e dicas para voltar aos treinos de fortalecimento com segurança.

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 2 jul 2021, 10h27 - Publicado em 1 jul 2021, 12h01

Em artigo científico recém-publicado, o profissional de educação física Paulo Gentil, da Universidade Federal de Goiás (UFG), defendeu a adoção de treinamentos resistidos, que exigem mais dos músculos e menos dos pulmões, para os sobreviventes do coronavírus.

“Especialmente entre pessoas hospitalizadas, é importante fazer uma reabilitação física, mas sem sobrecarregar o sistema cardiovascular, que é afetado pela doença”, explica Gentil, que também é sócio da franquia Person@ll.

Ao levantar peso ou fazer atividades similares, o paciente trabalha de leve o fôlego e, acima de tudo, vai preparando o corpo para voltar a se mexer normalmente outra vez.

Os benefícios da musculação

Veja as vantagens de valorizar os treinos de força logo após se livrar do coronavírus:

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Melhora da função cardíaca, sem exagero: Ao puxar ferro, você até fica ofegante e sente o coração batendo um pouco mais rápido. Isso significa que a prática condiciona um tanto o sistema cardiovascular, mas sem sobrecargas — o que seria preocupante para quem acabou de sair de uma infecção respiratória.

Restabelecimento da imunidade: A lógica se parece com a do item anterior. Como é mais fácil de controlar a intensidade e a duração dos exercícios resistidos, o indivíduo evita abusos. E, se em doses adequadas o esforço físico estimula nossas defesas, em excesso ele chega a suprimi-las temporariamente.

Ganho de funções físicas e autonomia: Longos períodos de internação fazem os músculos definharem. Aí, todo gesto cobra um grande empenho. Ao fortificar principalmente pernas e braços, dá para tornar as movimentações mais fáceis, e até exigir menos dos pulmões.

Controle de desordens psíquicas: Assim como práticas aeróbicas, a musculação afasta depressão, ansiedade etc. Está aí uma vantagem para o pessoal que acabou de superar o trauma da Covid-19, e que vai passar mais um tempo convivendo com as restrições da pandemia.

A sala de ginástica em tempos de Sars-Cov-2

Segundo Gentil, é possível conquistar resultados similares aos obtidos em uma academia dentro de casa. Só que, para isso, o sujeito vai precisar de uma boa orientação a distância. “Porém, há pacientes com limitações, que exigem um acompanhamento mais próximo ou aparelhos específicos”, pondera o expert.

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Veja se é o caso e, acima de tudo, respeite ao máximo os protocolos de segurança.

Malhação segura

Os ajustes sugeridos pelo artigo brasileiro que maximizam as benesses e minimizam os riscos:

O retorno: Se a infecção não exigiu internação, recomenda-se esperar de duas a três semanas após o fim dos principais sintomas para voltar às atividades físicas, e sempre em um ritmo mais leve. Casos mais severos merecem ser discutidos com os profissionais, e podem demandar exames.

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Duração e frequência: No princípio, as sessões de musculação não devem ultrapassar os 45 minutos para não abusar do organismo. Duas vezes por semana estão de bom tamanho nessa fase — mantenha contato com profissionais para ir progredindo nas cargas de pouco em pouco.

Repetições e variações: Evite fazer mais de seis por exercício, justamente para manter o ritmo cardíaco em um nível aceitável. De três a quatro séries dão conta do recado. E, com o apoio de um especialista, lance mão de elásticos, halteres ou o peso do próprio corpo para não enjoar.

Período do dia: Evidências preliminares sugerem que o esforço no fim da tarde e no comecinho da noite dá um gás ainda maior à imunidade. Mas o essencial mesmo é não atrapalhar o sono e se manter minimamente ativo, independentemente do horário.

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Cuidados gerais: Monitorar a temperatura e a presença de sintomas suspeitos antes de qualquer prática esportiva é fundamental. Também faça um aquecimento e, se tiver gente ao redor, mantenha o distanciamento, garanta uma boa ventilação e use máscara.

Treino na UTI?!

Certos hospitais contam com educadores físicos e fisioterapeutas que realizam alguns exercícios mesmo com a pessoa acamada. “Essa história de que um doente precisa ficar imóvel não faz mais sentido”, avisa Gentil.

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O paciente pode fazer gestos sem segurar nenhum peso, utilizar equipamentos básicos ou mesmo empurrar as mãos do profissional que o acompanha. Vale tudo para conter a perda de massa magra.

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