Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Com a Palavra Por Blog Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Excesso de redes sociais prejudica o sono e a saúde mental

Luz das telas e estímulos constantes fornecidos por essas mídias podem levar a distúrbios do sono, ansiedade e depressão, avisa especialista

Por Sandra Doria, otorrinolaringologista e especialista em sono*
Atualizado em 15 mar 2023, 11h01 - Publicado em 12 mar 2022, 12h16
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O uso das mídias sociais tornou-se um dos passatempos mais populares entre adolescentes e adultos ao longo dos últimos anos. Pesquisas recentes mostram que 81% dos jovens usam rotineiramente as redes e 60% deles relatam utilizá-las na hora que precede o início do sono.

    Publicidade

    Com a chegada da pandemia de Covid-19, as relações sociais foram mantidas em grande parte com o apoio dessas ferramentas. Houve um aumento significativo do uso não somente por adolescentes, mas também por crianças e idosos.

    Publicidade

    Na última década, alguns estudos demonstraram que tempo demais nas redes sociais leva a uma menor qualidade e quantidade de sono, atraso e horários irregulares para dormir e maior dificuldade para adormecer.

    Uma das orientações clássicas de higiene do sono é interromper o uso de eletrônicos pelo menos uma hora antes do horário de dormir para não atrapalhar a liberação adequada do hormônio melatonina.

    Publicidade

    + Leia mais sobre distúrbios do sono aqui

    A luz e a atividade interativa dos dispositivos eletrônicos (celular, tablet, notebook…) têm a capacidade de inibir sua produção e, com isso, dificultar o início do sono.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Ocorre que, em comparação com outros programas e aplicativos, as mídias sociais mexem em proporções ainda maiores com o descanso noturno.

    Há estímulo constante para se manter acordado pelas informações e imagens sucessivas que essas redes proporcionam. Com um feed infinito, elas instigam sempre a vontade de ver mais um post ou responder a uma mensagem.

    Publicidade

    Vive-se, então, uma incompatibilidade: o cérebro precisa relaxar, mas o bombardeio das mídias não deixa.

    Mesmo durante a madrugada, elas podem prejudicar o sono ao emitir alarmes ou luzes na tela do celular avisando que tem um novo post ou mensagem à sua espera. Isso chega a causar vários despertares.

    Publicidade
    Compartilhe essa matéria via:

    O sono é vital para o aprendizado, a memória e a regulação das emoções e do comportamento, entre outros efeitos. A privação, em termos de quantidade ou qualidade, pode, assim, desencadear, por exemplo, cansaço diurno, alterações de humor, ganho de peso, depressão e problemas no desempenho escolar.

    Um estudo publicado em 2021 indica que ter horários regulares propostos pelos pais para iniciar o sono, evitar uso de smartphone uma hora antes de dormir e não o deixar ao lado da cama durante a noite favorece não só a qualidade do repouso como a performance no colégio.

    Outra pesquisa com adolescentes encontrou associação entre mais tempo de redes sociais e maior peso corporal. Mais recentemente, uma revisão da literatura concluiu que o uso excessivo dessas mídias já pode ser considerado fator de risco para distúrbios de sono e doenças mentais como ansiedade e depressão.

    Frente a todas essas constatações, aqui vai um convite a você, leitor e internauta: que tal tentar se desvincular das telas pelo menos uma hora antes de dormir? Seja o exemplo em casa e a saúde da família inteira irá agradecer.

    * Sandra Doria é otorrinolaringologista certificada em Medicina do Sono e médica do Instituto do Sono, em São Paulo

    Continua após a publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.