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É preciso parar a evolução das doenças complexas do coração

Alguns problemas cardíacos surgem depois de anos de negligência com a saúde, mas alguns já nascem conosco e exigem atenção imediata

Por Fábio Jatene e Ieda Jatene, cardiologistas*
Atualizado em 29 set 2024, 10h19 - Publicado em 29 set 2024, 10h17
ilustração anatômica de coração
No Dia Mundial do Coração, aprenda a cuidar melhor do seu (Ilustração: Veja Saúde/SAÚDE é Vital)
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Nada é tão ruim que não possa piorar. É desta forma que a maioria das doenças cardiológicas de alta complexidade se desenvolve. O que no início era apenas um colesterol alto, que poderia ser regularizado com alimentação balanceada e prática de exercícios físicos, por exemplo, quando não tratado, pode acabar evoluindo para um infarto agudo do miocárdio.

Isto porque o organismo passa a acumular “placas de gordura” nas artérias, o que dificulta ou impede a passagem de sangue, levando a uma “morte” dos tecidos que eram irrigados por elas e causando o colapso do coração. A condição é de extrema gravidade e a maior causa de morte no país. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que, no Brasil, ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais e que a cada 5 a 7 casos aconteça um óbito.

Os sobreviventes ainda correm o risco de precisar lidar com mais uma condição cardiológica de alta complexidade: a insuficiência cardíaca. Caracterizada pela dificuldade de bombear sangue adequadamente, a doença se desenvolve, principalmente, a partir do infarto agudo do miocárdio, da hipertensão descontrolada, de problemas nas válvulas cardíacas (mais típicas do envelhecimento) e da miocardite (infecção viral que afeta o músculo do coração).

No Brasil, há, aproximadamente, dois milhões de pessoas com insuficiência cardíaca e 240 mil novos casos são diagnosticados a cada ano.

+Leia também: Insuficiência cardíaca: fôlego para o coração cansado

Também existe o perigo de os infartados desenvolverem arritmia cardíaca, assim como aqueles que não têm hábitos saudáveis, sofrem de estresse, ansiedade, desregulação do hormônio da tireoide, obesidade, entre outros.

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Em um ritmo normal, o coração de uma pessoa em repouso bate de 50 a 90 vezes por minuto. Quando as batidas estão mais lentas, aceleradas ou irregulares, temos o diagnóstico. A doença atinge mais de 20 milhões de brasileiros e gera mais de 300 mil mortes súbitas ao ano no país, segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac).

Ainda que a maioria dos casos de doenças cardiológicas de alta complexidade evoluam ao longo de anos de negligência de cuidados com a saúde, também existem as malformações estruturais no coração, chamadas de cardiopatias congênitas.

A condição afeta 10 a cada 1.000 nascidos vivos, cerca de 30 mil crianças por ano, de acordo com o Ministério da Saúde. Por causa das complicações, as cardiopatias congênitas são responsáveis por cerca de 8% dos casos de mortalidade infantil no Brasil.

Diagnóstico e tratamento das cardiopatias congênitas

O diagnóstico dessas condições, geralmente, envolve exames de imagem, como ecocardiogramas e ressonâncias magnéticas, além de testes de esforço e cateterismos. O avanço tecnológico tem sido um grande aliado na identificação precoce e precisa dessas doenças, o que é crucial para o sucesso do tratamento.

Os tratamentos variam conforme a condição, mas podem incluir medicamentos, intervenções cirúrgicas, como angioplastias e outras técnicas e, em casos mais graves, o transplante cardíaco. O uso de dispositivos, como marca-passos e desfibriladores implantáveis, também é comum em pacientes com arritmias severas.

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+Leia também: Com o coração nas nossas mãos: aprenda a cuidar melhor dele

Importância da prevenção

Apesar dos avanços médicos, a prevenção continua sendo a melhor estratégia. Adotar uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente, controlar o estresse, o diabetes e a hipertensão arterial, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são medidas essenciais para manter o coração saudável.

Essas doenças, além de serem prevalentes, têm um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas e na economia da saúde. O tratamento de doenças cardíacas representa uma grande parte dos gastos em saúde pública e privada. De acordo com dados recentes, as doenças cardiovasculares consomem aproximadamente 20% do orçamento global de saúde, o que reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para a prevenção.

As doenças cardiológicas de alta complexidade são um desafio global e demandam atenção tanto da comunidade médica quanto da população em geral. Prevenir é sempre melhor que remediar e a conscientização sobre os riscos e formas de prevenção é o primeiro passo para uma vida mais saudável e longa.

Fábio Jatene, líder médico da área de Cardiologia do Hcor e Dra. Ieda Jatene, líder médica de Cardiopatias Congênitas e Cardiologia Pediátrica

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