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Hipertensão Arterial: o que é, sintomas e possíveis tratamentos

Pressão alta é o principal fator de risco para doenças cardíacas. Mesmo sem cura, ela pode ser controlada com mudanças de hábitos e medicamentos

Por Abril Branded Content
Atualizado em 28 Maio 2024, 18h01 - Publicado em 21 dez 2022, 11h00
Hipertensão Arterial: o que é, sintomas e possíveis tratamentos
 (Istock/Divulgação)
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A primeira análise global abrangente das tendências na prevalência, detecção, tratamento e controle da hipertensão, publicada em 2021, apontava que havia mais de 720 milhões de pessoas com pressão alta no mundo sem fazer tratamento¹ – de um total de 1,28 bilhão de pacientes que convivem com a condição.

No Brasil, de acordo com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), também em 2021, a frequência de diagnóstico médico de hipertensão arterial foi de 26,3%, sendo de 27,1% entre mulheres e de 25,4% entre homens.² Para o dr. Marcus Bolivar Malachias, cardiologista e governador do Capítulo Brasil do American College of Cardiology, porém, essa porcentagem deve ser ainda maior, visto que muitas das pessoas que têm hipertensão não sabem que vivem com a doença.

De acordo com o médico, mais de 90% das pessoas não sentem sintomas quando estão com a pressão alta. E os outros 10% podem apresentar queixas que não são exatamente específicas da condição, como dores de cabeça, tontura, sangramento nasal, falta de ar e edema nas pernas. O problema é que a hipertensão é o mais importante e prevalente fator de risco para doenças cardíacas, que são a principal causa de mortes no Brasil e no mundo.³

Hipertensão e seus riscos

A pressão arterial é a força exercida pelo sangue, bombeado pelo coração, dentro dos vasos sanguíneos. Quando o sangue circula com a pressão elevada, ele vai machucando as paredes dos vasos sanguíneos, que se tornam endurecidos e mais estreitos. Se o problema não for controlado, os vasos podem entupir e até se romper, o que pode causar infarto, insuficiência cardíaca e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

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“Essa é uma condição que quase metade da população tem, mas não é uma doença simples. Ela também pode, se não cuidada, trazer outras consequências, como problemas nos rins, distúrbios na visão e maior chance de ter demência na velhice”, diz.

Herança genética, hábitos alimentares, obesidade, excesso de consumo de sal e sedentarismo são, como explica o dr. Malachias, as principais causas da hipertensão arterial. Segundo ele, na maioria das vezes, a doença não tem cura, mas 99% dos casos diagnosticados podem ser controlados.

“A expectativa de vida de uma pessoa com hipertensão não cuidada pode ser reduzida em até 15 anos, sendo que, hoje, há uma ampla variedade de medicamentos com resultados bastante satisfatórios. Por isso é tão importante ter o diagnóstico o mais rápido possível e começar o tratamento”.

Diagnóstico da doença

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O diagnóstico é simples: é feito por meio da aferição da pressão, que pode ser feita em consultório médico ou, como tem sido comum, longe das clínicas. Isso porque, de acordo com o especialista, cerca de 25% das pessoas que medem a pressão em consulta podem ter uma reação de alarme (ou hipertensão do jaleco branco), ou seja, ficam tensas e a pressão se eleva, levando a um resultado errôneo.

O contrário também é verdadeiro: outras 25% ficam tranquilas na presença de um profissional de saúde e, mesmo que a pressão se mantenha elevada fora do consultório, naquele momento mostra um resultado considerado normal, adiando o diagnóstico. Essa condição é chamada de hipertensão mascarada.

“Por isso, é cada vez mais recomendado que as pessoas saibam medir a pressão e que tenham esse controle em casa. Lembrando que os melhores aparelhos medidores são aqueles de braço, e não de pulso, e devem ser equipamentos validados por órgãos reguladores”, indica.

Aprendendo a medir a pressão

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Para saber se a pressão está em ordem, basta se atentar aos números: o valor é considerado normal quando o máximo (sistólica) atinge até 120 mmHg e o mínimo (diastólica) não fica abaixo de 80 mmHg, o famoso 12 por 8.

“Quando a pressão está entre 120 por 80 e 140 por 90, consideramos o estágio pré-hipertensão, aquele que, em alguns casos, pode ser revertido com algumas mudanças de hábitos dos pacientes. Mas é preciso consultar um médico para entender o que fazer e como cuidar dessa condição”, ressalta ele.

As medidas para manter a pressão sob controle incluem manter uma alimentação saudável, evitar o consumo de açúcar, gordura, embutidos e alimentos processados, reduzir o consumo de sal, praticar atividades físicas regularmente, reduzir o consumo de álcool, não fumar e controlar o estresse.

“Se fizer uso de medicamentos, é imprescindível que a pessoa siga a recomendação médica e seja engajada com o tratamento. Os remédios, quando necessários, estão aí para ajudar a ter mais qualidade de vida”, finaliza o cardiologista.

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Referências:

1. Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) – Mundo tem mais de 700 milhões de pessoas com hipertensão não tratada. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/25-8-2021-mundo-tem-mais-700-milhoes-pessoas-com-hipertensao-nao-tratada.

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2. Ministério da Saúde – Vigitel Brasil 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/vigitel/vigitel-brasil-2021-estimativas-sobre-frequencia-e-distribuicao-sociodemografica-de-fatores-de-risco-e-protecao-para-doencas-cronicas/view.

3. OPAS. Doenças Cardiovasculares. Dia Mundial do Coração 2021. Disponível em: https://www.paho.org/pt/campanhas/dia-mundial-do-coracao-2021.

4. Campanha “Eu sou 12 por 8” (Sociedade Brasileira de Cardiologia). Disponível em: https://www.eusou12por8.com.br/.

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