Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Com a Palavra Por Blog Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Correr pela saúde: a direção certa para combater o câncer

Presidente do Icesp, que promove uma corrida de rua em prol da conscientização sobre o câncer, explica o papel da atividade física contra a doença

Por Paulo Hoff, oncologista*
19 nov 2022, 08h05
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O câncer é um conjunto de doenças causadas por alterações no código genético das células. Essa transformação leva a um crescimento desordenado de células, que podem se proliferar, invadir tecidos e se espalhar, prejudicando não só o ponto de origem da doença como outras regiões do corpo.

    Publicidade

    Por que isso acontece? Estudos apontam que fatores genéticos, ambientais e comportamentais aumentam o risco de desenvolver o problema ao longo da vida. No terreno dos hábitos, podemos destacar o consumo de álcool, a ingestão frequente de carne processada e a inatividade física.

    Publicidade

    Sim, sedentarismo! Uma pesquisa feita na República Tcheca descobriu que pessoas que não fazem nenhum exercício e mantêm uma rotina sedentária têm o dobro de chances de apresentar um tumor quando comparadas aos indivíduos que praticam atividade física regularmente. Mulheres inativas têm até 100% mais risco de ter um câncer de mama, número semelhante ao encontrado entre aquelas que fumam.

    Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2020 ocorreram 19,3 milhões de novos casos de câncer no mundo todo. Para 2040 são projetados cerca de 28 milhões de casos novos, um aumento de mais de 40% em 20 anos. Além disso, o risco de a doença aparecer em jovens vem aumentando ano a ano.

    Publicidade

    Como evitar que essas projeções se concretizem? Um aspecto importante é fugir do sedentarismo.

    Quando falamos em qualidade de vida, a premissa básica é pensar em mudanças na rotina e na adoção de hábitos mais saudáveis. Isso porque o mundo vem enfrentando uma luta com a obesidade e o sedentarismo, resultado de uma vida mais conectada a telas de TV, celular e computador. Está cada vez mais difícil colocar o corpo em movimento.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    É consenso desde a década de 1990 que o exercício, além de gerar bem-estar, possui grande impacto na redução do risco de câncer. O motivo? Ele ajuda a melhorar o funcionamento do sistema imune, a reduzir a inflamação sistêmica, a modular a ação de hormônios e a perder (ou manter) o peso.

    + LEIA TAMBÉM: Novas fronteiras no tratamento do câncer

    Publicidade

    Inclusive, ao contrário do que diz o mito ainda muito comum, a atividade física é altamente receitada para pacientes oncológicos, justamente por colaborar para a sua recuperação e a reabilitação durante o tratamento, aliviando a fadiga, diminuindo a dor, melhorando o humor e o sono e trazendo ganhos em termos de funcionalidade e interação social.

    De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), para uma pessoa ser considerada fisicamente ativa, é necessário que pratique entre 150 e 300 minutos de atividades moderadas por semana, ou 75 a 150 minutos de exercícios mais intensos. Idealmente, esse tempo deve ser fracionado durante vários dias para que o corpo se mantenha em movimento.

    Publicidade

    Nesse sentido, cabe a máxima “é melhor fazer pouco do que não fazer nada”. Dito isso, é importante buscar inserir a atividade física no dia a dia, mesmo que seja uma caminhada leve. Aos poucos, o corpo se acostuma à nova rotina e o indivíduo ganha disposição para realizar treinos que demandam mais esforço.

    Continua após a publicidade

    Com pequenos passos, a saúde começa a melhorar e, no longo prazo, estaremos assegurando melhor qualidade de vida e prevenindo doenças sérias. Essa é a bandeira por trás da 6ª Icesp Run, que acontecerá em São Paulo no próximo 27 de novembro, o Dia Nacional de Combate ao Câncer.

    Será que não vale a pena caminhar ou correr pela saúde hoje?

    Compartilhe essa matéria via:

    * Paulo Hoff é oncologista e presidente do Conselho Diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp)

     

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.