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Mamão e ameixa seca ajudam contra intestino preso

Fibras presentes nas frutas podem aliviar o problema, mas quem sofre com constipação crônica precisa investigar as causas

Por Thiago Müller
26 set 2025, 15h57
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Mamão é receita tradicional para afrouxar o intestino. Combinado à ameixa seca, receita se torna ainda mais poderosa. Mas é preciso moderação (Freepik/Freepik)
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Mais do que deixar irritado – ou enfezado – a prisão de ventre pode prejudicar o sono, causar perda de apetite, dores abdominais e até estresse físico e mental. A raiz da dificuldade de ir ao banheiro, que quase todo mundo deve enfrentar ao menos uma vez na vida, pode estar na má alimentação.

Frequentemente, o remédio popular para isso também está nela: a sabedoria ancestral ensina que devemos comer mamão e ameixa seca. Mas, antes de sair por aí fazendo um “coquetel” contra a constipação, saiba que esses alimentos possuem limites, e não são remédios.

Mesmo assim, a recomendação tem mesmo um pé na ciência. Os dois alimentos contam com fibras e enzimas benéficas para a digestão, e a ameixa tem o sorbitol, que atua como um laxativo leve, dependendo da quantidade.

+Leia também: Fibermaxxing: vale a pena turbinar a quantidade de fibras na rotina?

Mecanismos de ação do mamão

O mamão historicamente é utilizado, popularmente, para tratar o intestino preso, e realmente há registros de que ele possa ajudar. O uso dele para regular o número de vezes que vamos ao banheiro se explica, majoritariamente, pela quantidade de fibras.

Ter uma dieta adequada no consumo de fibras pode ser efetivo para ajudar a lidar com casos de constipação crônica, além de melhorar a consistência das fezes. Porém, ainda é difícil cravar até que ponto vai sua ajuda quando se trata de evacuação incompleta ou a sensação incômoda de inchaço. O perfil das fibras solúveis e insolúveis do mamão também ajuda a amolecer as fezes, o que torna mais fácil de evacuar.

A fruta também é historicamente dada às mulheres grávidas, outra parcela da população que costuma sofrer com o intestino preso. Mas, no caso delas, a indicação vai além disso: em parte, porque ajuda a melhorar náuseas, mas também porque tem um perfil vitamínico bastante promissor: cada 100g do fruto contêm cerca de 75% da dose diária recomendada de vitamina C.

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Claro, também há outras vantagens de incorporar o mamão à mesa. É uma fruta com poucas calorias e gorduras totais, e rica em vitamina A, C, cálcio e potássio, além de fibra e os antioxidantes (sempre presentes em frutas), sem falar na alta quantidade de água: ela compõe cerca de 88% do alimento, o que também evita que as fezes fiquem ressecadas e presas.

Mecanismos de ação da ameixa

A ameixa seca, assim como o próprio mamão, já é estudada para a resolução de problemas intestinais. Nesse caso, os efeitos das ameixas costumam variar em intensidade a depender do indivíduo.

Mas, em geral, as ameixas secas e os sucos com elas são considerados laxantes leves. O indicado, inclusive, é não fazer um consumo excessivo, que pode acabar levando para o outro lado, ao promover um efeito diarreico.

A facilidade de evacuação promovida pelas ameixas decorre de outros compostos além das fibras, que também estão presentes: o sorbitol encontrado nelas pode ter um efeito laxativo, dependendo da quantidade ingerida.

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Já os ácidos clorogênicos, também encontrados nas ameixas secas, aumentam a motilidade intestinal, semelhante ao efeito de vontade de ir ao banheiro após uma xícara de café.

Entendendo a constipação

Antes de sair comendo mamão e ameixa em toda refeição, vale ressaltar que, se a constipação é muito frequente, é necessário um acompanhamento médico para investigar as causas do problema.

+Leia também: Obstipação intestinal: conheça causas, sintomas, tratamento e como evitar

Em boa parte das vezes, este fator é a alimentação. Alimentos como proteína animal, batata sem casca, arroz branco e farinha refinada e ultraprocessados em excesso podem estar influenciando o intestino.

Às vezes, não adianta somente adicionar o mamão ou a ameixa seca à mesa, se não houver outras mudanças na dieta. Hidratação e exercícios físicos também são essenciais para ter fezes mais macias e o adequado movimento intestinal, respectivamente.

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Em média, a janela considerada normal para idas ao banheiro para defecar varia muito: os manuais médicos costumam indicar que a frequência que não desperta preocupação vai de três vezes por semana a três vezes por dia (neste caso, equivalente a 21 idas por semana).

O alerta vem quando você fica muito acima ou abaixo disso, mas não se limita à frequência: se precisa fazer muita força, ou se as fezes têm consistência incomum, pode haver algo errado. Na dúvida, se o desconforto para evacuar é uma constante em sua vida, vá ao médico para entender os motivos.

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