Laticínios integrais ou desnatados: como escolher entre um e outro?
Ambos têm seus méritos e são bem-vindos em um cardápio equilibrado, mas a decisão depende de diversos fatores. Entenda as indicações de cada categoria
Uma das decisões que frequentemente nos confronta nas prateleiras dos supermercados é escolher entre laticínios integrais e desnatados.
Ambos têm seus méritos, mas o melhor para cada situação depende de diversos fatores, incluindo necessidades nutricionais e objetivos de saúde.
Neste artigo, exploraremos as diferenças entre os dois tipos e quando é mais apropriado consumir cada um.
Quando o sabor prevalece
Os laticínios integrais incluem leite, iogurte e queijos que não passaram pelo processo de remoção de gordura. Eles são conhecidos pelo seu sabor rico e cremoso, que muitas pessoas preferem.
Além disso, eles contêm nutrientes importantes, como cálcio, vitamina D e proteínas de alta qualidade. E quando o assunto é vitaminas, o teor de gordura do leite auxilia a absorção daquelas que são lipossolúveis, as vitaminas A, D, E e K.
De maneira geral, os laticínios integrais acabam sendo mais indicados para:
- Crianças em fase de crescimento: nesse caso, eles fornecem calorias adicionais necessárias para o desenvolvimento ósseo e geral e garantem a absorção das vitaminas lipossolúveis.
- Pessoas ativas: e que não tenham restrição de calorias ou gorduras por outros motivos podem se beneficiar dos laticínios integrais para fornecer energia e apoiar a recuperação muscular.
- Controle do apetite: a gordura presente pode proporcionar sensação de saciedade.
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Quem deve consumir desnatados?
De modo geral, indivíduos que precisam controlar o consumo de gordura.
Os desnatados passam por um processo de remoção da maior parte da gordura, resultando em um baixo teor da substância e menor valor calórico, mas ainda são ricos em proteína e mantêm muitos dos nutrientes encontrados nos laticínios integrais.
Beneficiam-se do consumo de laticínios desnatados:
- Pessoas que desejam controlar o peso: a retirada da gordura reduz também as calorias. Comparando os dois tipos, 200ml de leite integral possui 6g de gordura e 548kcal, contra 0,7g de gordura e 330kcal do leite desnatado.
- Pessoas com colesterol alto: para esse grupo, os laticínios desnatados podem ser preferíveis, pois são mais baixos em gordura saturada, ligada à elevação do colesterol.
- Dietas com restrições de gordura: indicada para quem precisa seguir dietas com restrições de gordura devido a presença de doenças crônicas, por exemplo.
Há poucos dias, uma publicação da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) em parceria com a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) reforçou que os laticínios desnatados são a escolha principal no contexto de alimentação saudável, sobretudo para pessoas com risco cardiovascular.
Como fica a oferta de vitaminas de quem consome leite desnatado?
As vitaminas lipossolúveis, incluindo as vitaminas A, D, E e K, são chamadas assim porque são solúveis em gordura, não em água. Isso significa que elas precisam dos lipídios para serem absorvidas pelo corpo.
O leite integral é uma fonte natural dessas vitaminas, que cumprem funções importantes no organismo, e a gordura presente nele desempenha um papel fundamental no aproveitamento destas substâncias.
A vitamina A é crucial para a saúde dos olhos e a função do sistema imunológico. A vitamina D é necessária para a absorção de cálcio, que por sua vez sustenta a saúde dos ossos.
A vitamina E é um antioxidante importante, enquanto a vitamina K atua na coagulação sanguínea.
Muitas pessoas se perguntam se o leite desnatado oferece os mesmos compostos benéficos. A resposta é que o processo de remoção da gordura pode levar à perda parcial deles.
No entanto, muitas marcas de leite desnatado são enriquecidas com vitaminas A e D, para compensar a diminuição. Isso significa que os desnatados podem ser fontes destes nutrientes, desde que fortificados.
Verifique no rótulo antes de comprar.
Qual escolher?
Como vimos, é preciso levar em conta preferências pessoais e questões de saúde.
Não há uma resposta única, mas sabemos que ambos têm benefícios nutricionais. O importante é fazer escolhas informadas e manter uma dieta equilibrada em geral.
Lembre-se sempre de consultar um profissional de saúde ou um nutricionista para orientações específicas para você. Afinal, a chave para uma alimentação saudável é a individualização e o equilíbrio.
*Este texto foi produzido pelo Nutritotal em uma parceria exclusiva com VEJA SAÚDE