Zika: muito além da microcefalia
Surgem pistas de que bebês e crianças picados pelo mosquito transmissor do vírus podem desenvolver distúrbios comportamentais
Quando o zika vírus ganhou os holofotes, em 2015, ele assustou especialmente por sua capacidade de infectar grávidas e se instalar no cérebro dos fetos, ocasionando a microcefalia (quando a cabeça do bebê se desenvolve menos do que o esperado). Agora, um estudo conduzido com macacos pela Universidade Emory e outras instituições americanas alerta: o vírus também parece causar prejuízos em bebês e crianças infectados após o nascimento.
Nada que dê para ver a olho nu. “Os pesquisadores citam alterações de atenção e comportamento, especialmente na resposta ao estresse”, conta o neurocientista Stevens Rehen, do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, no Rio de Janeiro. Nesses casos, recomenda-se um acompanhamento próximo e prolongado dos especialistas – não apenas as consultas de rotina.
Medidas preventivas
Veja como proteger os pequenos do Aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus:
Roupas
Blusas de manga longa e calças compridas são as melhores escolhas. O mosquito adora tornozelos.
Janelas
Mantenha-as fechadas sobretudo no início da manhã e no fim da tarde, quando o inseto circula mais.
Telas e mosquiteiros
São grandes aliados. É possível aplicar substâncias repelentes nesses acessórios.
Água parada
Tem que limpar o terreno de casa e tirar lixo e entulhos capazes de acumular água, local de criação de mosquitos.
Repelentes
Só a partir dos 6 meses de vida. Avalie com o pediatra quais os tipos permitidos para cada faixa etária.
Os sintomas
O que pode denunciar a infecção pelo zika:
+ Manchas vermelhas na pele, com coceira
+ Febre
+ Dores pelo corpo