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Endometriose: o que é, causas, sintomas e tratamentos

Cólica e menstruação irregular estão entre os sintomas desse problema que afeta milhões de mulheres. Conheça as causas e os tratamentos

Por Goretti Tenorio e Chloé Pinheiro
Atualizado em 28 abr 2025, 14h04 - Publicado em 5 mar 2017, 16h42
endometriose
A endometriose, doença bastante dolorosa, aflige milhões de brasileiras. (Foto: Getty Images/SAÚDE é Vital)
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A endometriose acontece quando o endométrio, tecido que reveste o útero, cresce para fora do órgão. Os fragmentos vão parar no ovário, nas trompas e até em regiões vizinhas. Mesmo deslocado, o tecido excedente é estimulado a crescer e, na hora da menstruação, descama junto com o endométrio original.

A partir daí, surgem as cólicas intensas, o desconforto e, com o tempo, dificuldades para engravidar. Além disso, o risco de câncer de ovário é mais alto em mulheres com o problema.

É difícil estabelecer as causas da endometriose, mas, em parte, o distúrbio é provocado pela menstruação retrógrada, quadro em que pequenas porções de sangue voltam pelo canal vaginal e se alojam aonde não deveriam.

Isso ocorre pelo estímulo constante do estrogênio, hormônio que faz o endométrio aumentar de tamanho e sangrar todos os meses.

Sinais e sintomas

O crescimento de estroma e glândulas endometriais fora da cavidade uterina induzem reações inflamatórias. As pacientes podem apresentar dores que reduzem a qualidade de vida.

Entre os sinais e sintomas mais comuns da endometriose estão a dor anormal do ciclo menstrual, dor pélvica crônica e dor genital durante a relação sexual), além de queixas intestinais e urinárias cíclicas.

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Em resumo, os incômodos incluem:

  • Cólica intensa mesmo fora do período menstrual
  • Inchaço abdominal
  • Dor durante e após o sexo
  • Dor para urinar e evacuar
  • Intestino preso ou solto demais
  • Menstruação irregular
  • Dificuldade para engravidar
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Pílulas anticoncepcionais podem ser usadas no tratamento da endometriose (Foto: Diana Polekhina/Unsplash)

Fatores de risco

São considerados fatores de risco a presença de endometriose na família, em primeiro grau; dor anormal do ciclo menstrual, especialmente nos casos resistentes ao tratamento; ocorrência de ciclos menstruais com fluxo aumentado e a exposição a substâncias presentes no meio ambiente, como plásticos e maquiagem, por exemplo.

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A lista também inclui:

  • Ter filhos depois dos 30 anos
  • Alterações no útero
  • Estresse
  • Má alimentação

A prevenção

Embora em muitos casos não dê para prevenir o aparecimento da endometriose, alguns hábitos diminuem o risco de ela dar as caras, como diminuir o estresse e aumentar o consumo de alimentos ricos em ômega-3, como o salmão e o óleo de linhaça.

O diagnóstico

A partir da primeira menstruação, o médico precisa ficar atento às cólicas — quanto mais rápido o diagnóstico, menor o risco de a doença progredir. Uma batelada de exames de imagem e sangue dá início ao tratamento, mas a certeza do diagnóstico só vem mesmo com a videolaparoscopia, uma cirurgia que permite observar os focos da endometriose. A doença é classificada em leve, moderada ou grave.

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O tratamento

Não há cura para a endometriose, mas dá para combater os focos dela e praticamente anular os sintomas.

Anticoncepcionais que barram a ação do estrogênio são frequentemente prescritos, apesar de não serem criados originalmente para esse fim. Há também remédios mais específicos, que simulam a ação da progesterona no controle do endométrio.

Quando a doença avança, os médicos podem optar pela cirurgia. Por meio de uma pequena incisão no umbigo, a videolaparascopia identifica e cauteriza os locais afetados.

Outra opção é apenas extrair as células que estão fora do lugar. A atividade física também pode ser benéfica porque libera substâncias que aliviam a dor.

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Em situações específicas, opta-se pela retirada do útero – procedimento chamado de histerectomia.

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