Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dá para cessar a dor da endometriose?

As dores pélvicas causadas pela doença vão de leve a incapacitante. Mas já existem terapias para aliviá-las

Por Estúdio ABC
Atualizado em 3 dez 2021, 12h43 - Publicado em 14 jul 2016, 09h51

Acolher e nutrir o embrião no ventre materno. Essa é a função do endométrio, o revestimento uterino que descama em forma de menstruação quando a fecundação não acontece. Mas ele pode se desenvolver fora da cavidade uterina, avançando sobre outros órgãos, o que gera uma intensa inflamação, conhecida como endometriose.

Cerca de 85% das mulheres que têm a doença sentem algum grau de dor, variando de leve a incapacitante. Essa dolorosa realidade, que acomete de 5% a 10% das mulheres em idade fértil, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, resulta da combinação de fatores genéticos, emocionais e ambientais.

Mas resignar-se à dor crônica não é a única opção para as pacientes de endometriose. Fisioterapia, acupuntura e eletroestimulação podem aliviar os sintomas da doença. “Os tratamentos fisioterápicos são eficazes e podem ser usados sozinhos ou em associação com o tratamento clássico”, diz o médico Paulo Giraldo, presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo.

Um estudo premiado no XX Congresso Paulista de Ginecologia e Obstetrícia, em 2015, comprovou a eficácia da eletroestimulação (TENS) no tratamento complementar da endometriose.

Continua após a publicidade

Aos 53 anos, Maria Helena Nogueira é prova de que a eletroestimulação ajuda no alívio da dor. Há 30 anos, ela convive com uma endometriose severa e, mesmo após 12 cirurgias, suas dores só melhoraram com o uso de um aparelho TENS portátil. “No ano passado, pela primeira vez passei o Natal sentada à mesa com a minha família, e não na cama”, diz Maria Helena, presidente da ONG Endometriose Mulher, de São Paulo.

Como a tecnologia TENS funciona

Sem drogas e sem efeitos colaterais, a Neuroestimulação Elétrica Transcutânea (TENS) age por meio de pulsos elétricos que impedem o estímulo da dor de chegar ao cérebro. As ondas têm efeito analgésico e diminuem a sensibilidade do local mesmo após o uso.

Continua após a publicidade

A técnica estimula a produção, pelo organismo, de opioides endógenos, uma espécie de analgésico natural e, por isso, contribui de forma significativa para a melhora das dores. “Dependendo da dor, a mulher não responde bem a medicamentos”, diz a fisioterapeuta Ticiana Mira. “Com o TENS, ela passa a ter maior controle sobre o corpo.”

Desde os anos 1980, as clínicas de fisioterapia utilizam a eletroestimulação. A novidade é a chegada de um aparelho simples, portátil e autoaplicável, que minimiza as dores de diversas causas, como ginecológicas, musculares, reumáticas e fibromialgia.

No caso da endometriose, ele ajuda a mulher a ter uma vida mais saudável. “Dores extremas e que persistem além dos seis meses geram incapacidade funcional e comprometem a qualidade de vida da mulher”, afirma o médico Paulo Giraldo.

Continua após a publicidade

Pesquisas mostram que em 65% dos casos a endometriose afeta a atividade profissional das mulheres: 16% param de trabalhar e 6% são forçadas a se aposentar.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.