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Insolação: o que causa e quais são os cuidados para evitá-la

Exposição excessiva ao sol gera danos à saúde e pode levar a complicações fatais. Saiba como tratar e prevenir

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 21 nov 2023, 14h57 - Publicado em 21 nov 2023, 14h56
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A insolação é mais comum no verão. (Veja Saúde/SAÚDE é Vital)
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Dias ensolarados são o paraíso para quem curte praia, parque, natureza ou esportes ao ar livre. Mas o excesso de exposição ao sol pode causar insolação, um quadro perigoso.

A insolação é uma espécie de “bug” provocado pelo calor intenso e pela absorção da radiação solar, que aquece rapidamente o corpo e atrapalha os mecanismos de ajuste da temperatura interna, como a transpiração.

Nessa situação, o organismo não consegue se resfriar e, assim, perde muito líquido e sais minerais importantes para seu funcionamento. Se não houver atendimento médico, há risco de danos em órgãos vitais e de morte.

O perigo é maior entre 10h e 16h, quando há maior incidência de raios UVA e UVB e quando as regiões de cabeça e pescoço estão expostas.  

+Leia Também: Queimadura solar é coisa séria!

Sintomas de insolação

“Esse é um problema que começa na pele e atinge todo o corpo de forma sistêmica”, resume a médica dermatologista Lília Guadanhim, professora colaboradora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A pane acontece de forma progressiva e geralmente vem associada a queimaduras na pele. Entre os principais sinais, estão:

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  • Dor de cabeça
  • Tontura
  • Sensação de pele seca e quente (sem suor)
  • Cansaço intenso
  • Febre
  • Mialgia (dor muscular)
  • Alterações visuais
  • Mal estar generalizado

Em casos graves, a insolação pode levar a vômitos, taquicardia, confusão mental, dificuldade para respirar e perda da consciência. É importante que o problema seja detectado logo e a pessoa saia do sol e seja cuidada.

A incidência de insolação é maior no verão, quando os dias são mais longos e as pessoas se expõem mais.

+Leia Também: Protetor solar em cápsula funciona?

Todo mundo pode ter?

Sim, mas há pessoas em maior risco. A sensibilidade da pele e a origem da pessoa  — se ela vem de um lugar quente, por exemplo —  influenciam no aparecimento do problema.

“Pessoas com o fototipo de pele baixo, ou seja, que têm a pele, cabelo e olhos claros, além da presença de sardas, são especialmente sensíveis ao sol, tendo mais chance de sofrer com isso”, acrescenta a médica.

Tomar poucos líquidos, exagerar no álcool e na cafeína, além de fazer uso de certos medicamentos são outros fatores que elevam o risco do problema, segundo o Ministério da Saúde.

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Ela também chama a atenção para o cuidado com crianças e idosos, de qualquer etnia, que, por natureza, já possuem uma pele mais frágil e suscetível às mazelas do sol. Além deles, portadores de doenças crônicas, como o diabetes, estão mais sujeitos às complicações perigosas da insolação.

+Leia Também: O protetor solar certo para o seu tipo de pele

Como tratar as queimaduras solares?

A queimadura é uma lesão dos tecidos provocada pelo contato direto da pele com alguma fonte de calor ou frio.

No caso da queimadura solar, o agente é a hiperexposição aos raios ultravioletas do sol, principalmente os raios UVB.

O aparecimento dessa reação depende da quantidade de melanina de cada um, que é o pigmento que dá cor a pele e protege contra esses raios, e também da capacidade pessoal de produzir mais melanina em casos de superexposição.

Para ter ideia, em pessoas de pele clara, 20 minutos de exposição sem proteção já podem causar queimadura. Mas, comumente, essa reação surge após 2 a 6 horas de sol sem proteção (a reaplicação do protetor de 2 em 2 horas).

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Geralmente as queimaduras solares são de primeiro grau, causando vermelhidão e ardência; ou segundo grau, podendo gerar edemas e bolhas.

Hidratar bastante a pele é essencial para cuidar das queimaduras. “Uma dica é colocar o hidratante na geladeira, pois o frescor possui uma atividade anti-inflamatória que ajuda a aliviar”, recomenda Lilia.

Em casos de queimadura de segundo grau, medicamentos anti-inflamatórios podem ajudar, assim como cremes para queimadura com antibióticos na formulação. É preciso buscar auxílio médico para o melhor tratamento.

 

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Usar protetor solar com FPS alto ajuda a prevenir insolação. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda no mínimo FPS 30, a dernatologista Lilia Guadanhim aponta que FPS 50 é ainda mais seguro. (Veja Saúde/SAÚDE é Vital)

E como cuidar dos outros sintomas da insolação?

Sair do sol imediatamente e beber bastante água gelada são as recomendações imediatas. O ideal é remover roupas quentes ou justas e o máximo possível das vestimentas.

O resfriamento do corpo deve ser feito de forma gradual, como borrifando água fria pelo corpo e aplicando compressas de água fria.

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A pessoa pode também se beneficiar de isotônicos, para recuperar os sais mineiras do corpo, e pode precisar de analgésicos para contornar sintomas como dor de cabeça e febre.

Em casos mais graves, procurar um posto de saúde é a atitude mais sensata. Dependendo do quadro, o médico saberá orientar de forma mais específica.

+Leia Também: A ciência da hidratação

Qual a melhor forma de prevenir?

As recomendações gerais básicas, feitas de forma correta, são mais que suficientes:

  • Não se expor diretamente ao sol entre 10h e 16h
  • Não passar longos períodos expostos, alternar com sombra ou lugares fechados
  • Usar protetor solar na quantidade certa e reaplicar de 2 em 2 horas (principalmente se estiver exposto)
  • Usar chapéu e roupas com proteção UV
  • Beber bastante água (2 litros por dia) ainda mais nos dias de sol.

“Todo mundo conhece as recomendação, mas nem todos cumprem. A do protetor solar principalmente: não adianta passar pouco, não protege, lembrando que a quantidade recomendada é uma colher de chá apenas para rosto e pescoço”, alerta a dermatologista.

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