Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Anvisa aprova uso emergencial do antiviral Paxlovid contra a Covid-19

Enfim, temos um tratamento precoce para frear o coronavírus. Em estudo, ele demonstrou reduzir em 89% o risco de agravamento da infecção

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 13 Maio 2022, 15h53 - Publicado em 31 mar 2022, 16h33
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial do antiviral Paxlovid, da Pfizer, contra o coronavírus. O medicamento é indicado nos primeiros dias de sintomas, somente para indivíduos em alto risco de desenvolver quadros graves de Covid-19

    Publicidade

    Entram na lista de indicações indivíduos com o sistema imunológico comprometido, idosos e portadores de certas comorbidades, como câncer e doenças renais. Para indivíduos jovens e saudáveis, o remédio não é necessário porque a doença tende a se resolver sozinha na grande maioria dos casos – em especial com o advento das vacinas

    Publicidade

    O Paxlovid é o primeiro comprimido aprovado no país para ser usado nos primeiros dias de sintomas. Ou seja, um tratamento precoce. Era uma fase da doença para a qual não tínhamos opções eficazes, com exceção dos anticorpos monoclonais, que são caros e devem ser aplicados via infusão intravenosa. 

    Pode chegar nos próximos meses, ainda, o antiviral molnupiravir, da MSD, que havia sido pensado originalmente contra o vírus ebola. Ele também demonstrou bons resultados em estudos e está em análise pela Anvisa.

    Publicidade

    BUSCA DE MEDICAMENTOS Informações Legais

    DISTRIBUÍDO POR

    Consulte remédios com os melhores preços

    Favor usar palavras com mais de dois caracteres
    DISTRIBUÍDO POR

    Como funciona o Paxlovid 

    Ele é uma combinação de dois princípios ativos,  o nirmatrelvir e o ritonavir. O primeiro já era testado contra a Sars, parente do Sars-Cov-2, e o segundo utilizado no tratamento das infecções por HIV e hepatite C. 

    Publicidade

    + Leia também: Remédios contra Covid-19: o que funciona e o que é melhor deixar para lá

    Continua após a publicidade

    A nova molécula é da classe dos inibidores da protease, enzima acionada pelos vírus para eles se replicarem. Quando o patógeno entra no organismo, sequestra nossas células para fazer cópias de si mesmo. É isso que causa a doença e seus sintomas. 

    Publicidade

    O que os antivirais em geral fazem é interromper algum dos mecanismos usados pelo vírus no processo – nesse caso, a ação da enzima protease. 

    O estudo de fase 2/3 que confirmou a eficácia do medicamento avaliou 2,2 mil pacientes não vacinados, considerados de alto risco para Covid-19 grave. Os voluntários foram divididos em dois grupos, metade tomando placebo, metade tomando o comprimido. 

    Publicidade

    Foram administrados três comprimidos, duas vezes ao dia, durante cinco dias. No fim da análise, quem tomou Paxlovid apresentou uma redução de 89% no risco de hospitalização ou morte relacionado à doença em comparação com o pessoal do placebo. Os achados foram publicados no respeitado New England Journal of Medicine.

    Mas atenção: a medicação só tem efeito nos primeiros dias de sintomas, quando o problema é a replicação do vírus em si. Quando o quadro já se agravou e a tempestade inflamatória está instalada, o foco do tratamento passa a ser controlar o sistema imune do paciente.

    Paxlovid tem a mesma ação da ivermectina? 

    Nos últimos meses, tem circulado nas redes sociais uma fake news dizendo que o Paxlovid e o molnupiravir funcionariam da mesma maneira que a ivermectina. Mas os novos remédios têm mecanismos de ação diferentes dos do antiparasitário, comprovados por estudos. 

    Continua após a publicidade

    Como vimos, o Paxlovid foca na enzima protease, produzida pelo coronavírus e outros agentes virais. Já o molnupiravir insere erros no código genético do patógeno. A ivermectina até foi testada como inibidora da protease do Sars-Cov-2, mas não se saiu bem fora dos trabalhos em células isoladas

    Compartilhe essa matéria via:

    Aliás, recentemente saiu outra prova de sua ineficácia. O estudo, conduzido por brasileiros e também publicado no New England Journal of Medicine, é considerado um dos maiores sobre o tema. Foram analisados mais de 1,2 mil pacientes em alto risco de Covid-19 grave, metade tomando ivermectina, metade tomando um placebo. 

    Mais uma vez, o fármaco não demonstrou nenhum efeito em impedir o agravamento ou acelerar a recuperação dos infectados. 

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.