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Tênis maximalista pode aumentar o risco de lesões durante corrida

Segundo estudo, o excesso de solado e estofamento desse calçado parece elevar o impacto nos pés mesmo depois de um período de adaptação

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 26 jun 2019, 10h42 - Publicado em 25 abr 2019, 14h41

Os tênis com solados robustos estão voltando à moda não só nos passeios, mas também para a prática de exercícios. Estamos falando dos calçados maximalistas, como esse da foto. Só que, no caso dos corredores, essa camada grossa na parte de baixo do equipamento pode aumentar o risco de lesões, especialmente se estiver concentrada na parte da frente do pé.

Pelo menos é o que apontam novos estudos da Universidade do Oregon, nos Estados Unidos. Um deles, publicado em 2018 no Orthopaedic Journal of Sports Medicine, comparou calçados maximalistas e de solado neutro em corridas de cinco quilômetros. Os participantes que vestiram a primeira opção tiveram maior impacto e carga nos pés, o que elevaria o risco de machucados, especialmente em iniciantes.

Agora, será que, após um período de adaptação, esse tipo de tênis seria benéfico? Para responder a pergunta, os cientistas americanos prepararam um novo teste, dessa vez incluindo uma fase de transição do calçado neutro para o maximalista.

Ainda assim, a má notícia persistiu. Após seis semanas de transição gradual entre um tipo e outro, o impacto se manteve o mesmo – e mais alto do que na turma que seguiu com as versões convencionais.

Os pesquisadores observaram ainda outros pontos de preocupação. “Notamos mudanças no movimento do tornozelo e de outras articulações, além de uma eversão prolongada, que aumenta o estresse nas pernas e pode levar a lesões”, apontou, em comunicado à imprensa, a cinesiologista Christine Pollard, diretora do Centro de Excelência em Pesquisas em Ortopedia Funcional daquela universidade e coautora da investigação.

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A eversão é um dos gestos que o pé faz durante a pisada – quando o pé roda para fora, com os dedos menores levantados. Se ele ocorre de maneira exagerada, suscita contusões. Mas, claro, ainda são necessários mais estudos para entender a biomecânica exata dessa relação.

Usar ou não usar o tênis maximalista

Por enquanto, a recomendação dos especialistas é a de ter cautela. Apesar dos levantamentos que citamos, os efeitos de um calçado do tipo na prática esportiva em geral são desconhecidos, em especial no longo prazo.

“Se alguém quiser experimentar, eu sugeriria fazer um teste numa esteira, de preferência na própria loja. A sensação naquele momento continuará sendo a mesma depois de um tempo usando o tênis”, declarou Pollard.

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E o calçado minimalista?

De maneira simplista, seria o oposto do maximalista. Ele tem o solado bem fino e estimula uma pisada mais natural – como se você estivesse descalço.

Pois algumas evidências científicas apontam que esse, sim, pode ser benéfico. Por estimular mais a flexão e extensão do arco do pé, o tênis fortalece a musculatura da região e, assim, minimiza o risco de lesões.

Mas, para isso, é preciso fazer um período de transição e desenvolver a capacidade de controlar esses músculos. Na dúvida, converse com um profissional de saúde especializado na área.

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