Tai chi ajudaria pessoas com obesidade a combater depressão
Aliada aos cuidados médicos convencionais, a arte milenar chinesa se mostrou eficaz na reabilitação física e psicológica de pessoas acima do peso
Um dos desafios mais hercúleos hoje, tanto do ponto de vista médico como do social, é vencer o combo obesidade e depressão. Pois um time de profissionais chineses e australianos obteve bons resultados com uma intervenção baseada em tai chi chuan, técnica que lembra uma arte marcial em câmera lenta.
Testada ao longo de 24 semanas com pessoas em luta com a balança, ela contribuiu para aliviar sintomas de ansiedade e depressão. Com uma média de quatro sessões semanais — duas em grupo, com instrutor, e duas em casa —, os participantes aos poucos foram ganhando força muscular, sobretudo nas pernas, e dando mostras de redução do sofrimento mental.
O segredo, acreditam os pesquisadores, está na atenção para se manter nas posições, em combinação com respiração suave e movimentos repetidos.
“A prática faz o organismo liberar neurotransmissores ligados ao bom humor”, explica o educador físico Ricardo Muotri, especialista em saúde mental e professor da Universidade Paulista. “Por meio do contato social da atividade em grupo, ela contribui ainda mais para a recuperação emocional”, conclui.
O equilíbrio proporcionado pelo tai chi chuan
Cabeça em ordem: ao estimular a concentração e o relaxamento, a prática desacelera a mente, reduz a irritabilidade e melhora a qualidade do sono — um pacote em prol do bem-estar psíquico.
Força corporal: tendo o equilíbrio como fundamento, o tai chi melhora a flexibilidade e a coordenação motora e promove ganho de força muscular.