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Liberação miofascial não “libera” nada, mas traz benefícios

A partir de manobras lentas e contínuas, essa prática terapêutica pode favorecer a melhora da mobilidade, a recuperação muscular e o alívio de dores

Por Luana Pazutti
12 nov 2024, 09h09
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Técnica aplica pressão em pontos específicos para melhorar a recuperação muscular (Freepik/Freepik)
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A liberação miofascial é uma técnica terapêutica realizada a partir da aplicação de pressão em determinados pontos do corpo. Cada vez mais popular entre os esportistas, a prática não promove a liberação da fáscia em si, mas pode trazer resultados positivos.

Se feita de forma adequada e com orientação profissional, ela favorece a recuperação funcional dos músculos, o aprimoramento da mobilidade e a sensação de bem-estar.

Antes de mais nada, você sabe o que é a fáscia?

Constituída principalmente por colágeno, a fáscia é um invólucro fino de tecido conjuntivo, que envolve alguns músculos do corpo humano. Essa membrana atua como uma espécie de corda que promove força e proteção para diferentes partes do organismo.

Embora nem sempre seja lembrada, ela é responsável por manter no lugar todos os órgãos, vasos sanguíneos, ossos e fibras nervosas. Quando se trata dos músculos, essa estrutura ainda previne o atrito e coordena os seus movimentos.

E o que é a liberação miofascial?

A liberação miofascial, por sua vez, é uma técnica que tem ganhado popularidade, especialmente, entre os atletas. Trata-se de uma massagem com manobras lentas e contínuas, que aplicam pressão sobre determinados pontos do corpo.

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Ela pode ser realizada com rolos de espuma, bastões, bolinhas de tênis e, quando administrada por um profissional capacitado, até com as mãos. Além de provocar uma sensação de bem-estar, a prática leva à redução momentânea da dor e pode ampliar os movimentos das articulações.

Mas, a liberação miofascial realmente funciona?

Contrariando o seu próprio nome, a liberação miofascial não “libera” a fáscia, que é rígida demais para ser deformada com facilidade. Na perna, por exemplo, é preciso aplicar uma força equivalente a 900kg para causar uma pequena deformação na membrana.

Entretanto, isso não significa que a técnica não traz benefícios. A massagem pode sim ser uma aliada para reduzir a dor muscular e otimizar a recuperação pós-treino. Como consequência, ela ainda costuma aprimorar a mobilidade, a flexibilidade e a força, prevenindo lesões.

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Cuidados na hora de realizar a liberação miofascial

Embora essa terapia possa trazer diversos benefícios, ela não é indicada para todos os públicos. Gestantes, usuários de medicamentos anticoagulantes e pessoas com problemas circulatórios, hipersensibilidade vascular ou lesões musculares devem consultar um profissional de saúde antes de iniciar a massagem.

Para quem não se encaixa em nenhum desses grupos, a dica é realizar a técnica com a orientação de um fisioterapeuta ou educador físico. Além disso, é preciso prestar atenção em um ponto importante: a força.

A máxima de “quanto mais dor, melhor” não se aplica à liberação miofascial. Pelo contrário, o excesso de pressão durante a massagem pode ser prejudicial. Por isso, é importante não se submeter à prática com profissionais sem a formação adequada.

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