Barrinhas proteicas ajudam a emagrecer? Saiba quando incluir na dieta
Embora sejam conhecidas como opções nutritivas e práticas, nem todas as barrinhas de proteína no mercado são aliadas de uma rotina alimentar saudável
Quem nunca recorreu a uma barra de proteína como alternativa de lanche em meio à correria da rotina? Além da dose de proteínas, as famosas “barrinhas” costumam conter fibras, minerais, vitaminas e carboidratos.
Com uma grande diversidade de sabores e marcas disponíveis no mercado, as barrinhas se tornam cada vez mais populares, seja entre atletas ou entre quem apenas está em busca de um lanche prático. No entanto, ao contrário do que afirmam as propagandas, nem todas as opções são realmente saudáveis.
A principal dica para escolher uma barrinha proteica adequada para suas necessidades é ficar atento à composição nutricional. As letras miúdas do rótulo podem esconder quantidades excessivas de sódio, açúcares e gorduras.
As barrinhas de proteína são mesmo nutritivas?
Depende. A composição nutricional de cada barrinha varia significativamente de acordo com a marca, o sabor e os ingredientes presentes na receita. Há opções que de fato são boas fontes de micronutrientes, incluindo cálcio, ferro, potássio e vitaminas.
De modo geral, uma unidade contém cerca de 5 a 10g de gorduras totais, 15 a 35g de carboidratos e até 20g de fibras. Quanto às proteínas, a maioria oferece em torno de 10 a 30g por porção, o que colabora para a saciedade e ganho de massa muscular.
Mas é preciso levar em conta a composição nutricional completa, não só o teor de proteínas: para quem busca emagrecer, por exemplo, o principal problema das barrinhas proteicas é a alta quantidade de calorias. A adição de açúcares e adoçantes eleva o teor calórico. Em média, uma barrinha proteica costuma ter entre 170 e 400 calorias.
Outro fator a se levar em conta são os ingredientes que vêm de carona na receita. As barras de proteínas costumam ser classificadas como alimentos ultraprocessados, o que significa que é comum encontrar aditivos como sódio, gorduras saturadas e conservantes entre os componentes.
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De olho na lista de ingredientes
O grande segredo para identificar se uma barra de proteína se encaixa na sua dieta é observar a sua composição. Fique atento à ordem dos ingredientes listados no rótulo: os primeiros que aparecem são aqueles presentes em maior quantidade no produto.
O ideal é que as proteínas venham antes dos demais aditivos. Vale apostar nas barrinhas que oferecem uma mistura de fontes proteicas diferentes. Claras de ovos, proteínas lácteas, soja, ervilha e sementes são algumas das mais comuns. Outros componentes proteicos populares nas barrinhas são nozes, grãos e frutas secas.
Buscar opções com menor processamento é outra boa ideia. Para isso, note se há muitos ingredientes que você não conhece na lista: maltodextrina, sacarose, xarope de milho ou glicose são exemplos de adoçantes. Prefira opções com cacau e adoçantes naturais.
Além disso, várias marcas utilizam fontes ultraprocessadas de gordura, que devem ter participação mínima na rotina alimentar. As mais comuns são óleo de palma, canola, amendoim ou soja.
Afinal, vale a pena inserir barrinhas de proteína na dieta?
As proteínas são macronutrientes essenciais para a construção e renovação dos tecidos do organismo – incluindo músculos, órgãos e ossos. Em dietas que visam o emagrecimento, as proteínas são o segredo para aumentar a sensação de saciedade.
Assim, barrinhas proteicas com bom valor nutricional podem ajudar a evitar excessos na alimentação e servir como um lanche aliado do ganho de massa muscular.
Entretanto, como destacamos, é preciso pesar a lista de ingredientes na balança. Muitas barrinhas proteicas possuem mais calorias e açúcares do que alguns doces – indo na direção contrária de uma dieta saudável e aumentando o risco de diabetes, obesidade e gordura no fígado.
Por vezes, mais vale comer uma porção de grãos, uma fruta ou laticínio do que uma barrinha ultraprocessada. Também engana-se quem pensa que as barrinhas proteicas substituem uma refeição completa, como almoço ou jantar. Até existem algumas opções com boa composição, mas a maioria serve apenas como um lanche.
Para quem pratica exercícios físicos, elas podem ser grandes aliadas antes e depois dos treinos. Mas se você já consome suplementos alimentares, outro lembrete é que consumir proteínas em excesso pode trazer riscos à saúde. Estudos indicam que, ao ultrapassar os níveis diários recomendados, aumenta-se o risco de insuficiência renal e danos ao fígado.
Ao escolher o que incluir no carrinho de supermercado, o mais importante é buscar opções minimamente processadas e naturais. A recomendação é consultar um profissional de saúde para alinhar qual a dieta ideal e avaliar quais alimentos são boas alternativas para um lanche prático.
E vale lembrar que nenhum alimento ou suplemento, por si só, traz os resultados desejados de emagrecimento e fortalecimento muscular: a dieta adequada deve ser aliada à prática regular de atividades físicas.