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3 mitos sobre a obesidade

O excesso de peso, apesar de cada vez mais comum, muitas vezes deixa de ser contra-atacado direito por informações erradas que se espalham por aí

Por Karolina Bergamo
Atualizado em 16 ago 2017, 15h17 - Publicado em 6 out 2016, 11h39
World Obesity Federation
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1- “A obesidade é somente resultado de hábitos ruins, como comer muito e não se exercitar”
“70% das pessoas acham que a culpa por estar acima do peso é de quem sofre com o problema”, contextualiza a endocrinologista Rocio della Colleta, gerente médica de Obesidade da farmacêutica Novo Nordisk. “Acontece que essa é uma condição complexa e pode decorrer de mudanças hormonais, fatores hereditários e até uma soma desses e de outros fatores”, completa. É verdade que o ganho de gordura corporal depende bastante da alimentação e da movimentação diária, mas investigar fatores que eventualmente sabotam o processo de emagrecimento é importante.

2- “Pequenas reduções de peso não trazem benefícios” 
“Não é preciso atingir a forma física ideal para começar a diminuir os impactos da obesidade”, esclarece a endocrinologista Cintia Cercato, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). “A perda de 5 a 10% do peso inicial já reduz o risco de diabete e de outros fatores de risco, como hipertensão e apneia do sono, além de melhorar a qualidade de vida”, completa o endocrinologista Marcio Mancini, chefe do grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas de São Paulo.

3- “Pessoas rechonchudas são preguiçosas”
Muitas vezes, os obesos até conseguem emagrecer, mas acabam desistindo do projeto saudável, voltando ao peso inicial. Ocorre que isso não tem nada a ver com uma falha de caráter. “Nosso corpo de homem primitivo acha que estamos em uma situação de privação de alimentos”, ensina Mancini. E é aí que o organismo cria mecanismos para fazer com que sintamos mais fome do que o normal. Só tenha em mente que essa sensação se normaliza com o tempo.

Leia mais: Obesidade muito além do peso

Na verdade, o que mais suscita a fome desenfreada são as dietas restritivas demais — estamos falando de regimes malucos que proíbem um ou outro nutriente, por exemplo. Com ajustes simples, você pode reorganizar o cardápio sem abdicar de seus pratos favoritos. Se tiver dificuldades para isso, busque orientação.

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