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O Futuro do Diabetes

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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes
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Exercício no lazer pode retardar quadro de demência naqueles com diabetes

Estudo brasileiro aponta que a atividade física frequente adia o aparecimento de déficits cognitivos (como perda de memória) nessas pessoas

Por Carlos Eduardo Barra Couri
Atualizado em 8 jan 2024, 18h30 - Publicado em 8 jan 2024, 17h42
Ir para a academia pode evitar demências em pessoas com diabetes, segundo estudo. (Ilustração: Veja Saúde/SAÚDE é Vital)
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A elevação acima do normal de glicose no sangue que marca o diabetes pode comprometer diversos órgãos e sistemas. Muitos já conhecem bem a relação dessa doença com infarto do coração, derrame cerebral, insuficiência renal, úlceras nos pés, problemas nos olhos etc. Mas poucos sabem do elo entre ela e quadros de demência, inclusive a doença de Alzheimer

Sim, o diabetes está associado a um maior risco de perda de memória e outras capacidades mentais, mas não sabemos ainda os mecanismos que levam a essa complicação.

Já os exercícios físicos são considerados “remédios” por atuarem em diversos pontos da saúde humana: humor, fortalecimento muscular, redução de eventos cardiovasculares, controle da glicose e da pressão arterial… 

+Leia também: 8 dicas para cuidar da alimentação de quem tem Alzheimer

Eis que uma pesquisa brasileira juntou essas duas pontas para trazer mais informação sobre os efeitos do exercício físico naqueles com diabetes. Trata-se do estudo ELSA, que incluiu 15 105 participantes com idade média de 51 anos, sendo que 15% possuíam diabetes.  

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Após um seguimento de cerca de oito anos, os pesquisadores observaram que o declínio cognitivo foi muito mais rápido naqueles com diabetes e naqueles com sedentarismo. A combinação desses dois fatores, então, foi explosiva, aumentando ainda mais o risco de déficits cognitivos ao longo dos anos. 

A boa notícia é que, quando analisamos os participantes que fazem atividade física na hora do lazer por mais de 150 minutos por semana (em intensidade moderada a intensa), nota-se uma maior lentidão da perda dos déficits cognitivos. Para ser mais exato, suar a camisa gerou um atraso médio de 2,7 anos no diagnóstico de declínio cognitivo. 

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Ou seja, os exercícios poderiam ajudar a preservar as habilidades mentais de pessoas com diabetes, o que imagino ser um estímulo adicional para essas pessoas largarem o sedentarismo. 

E você que tem diabetes, já iniciou os exercícios físicos em 2024? 

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