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O que são e para que servem infiltrações na coluna

Esse tipo de procedimento é eficiente contra as causas mais comuns de dor nas costas. Especialista dá detalhes

Por Antônio Nogueira de Almeida, em parceria com Eduardo Joaquim Lopes Alho, neurocirurgiões*
14 fev 2022, 16h37
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  • De acordo com um trabalho recente, envolvendo pesquisadores do mundo todo, a dor lombar é considerada a principal causa de perda de qualidade de vida em adultos. Ela acomete oito em cada 10 pessoas ao longo da vida. Apesar de comum, a origem e o tratamento das lombalgias ainda geram dúvidas.

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    A coluna vertebral normalmente não dói. A lesão muscular é o principal vilão. Falta ou excesso de exercícios, assim como movimentos inapropriados, podem machucar o músculo e causar o desconforto.

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    Mesmo quando o problema está em outras partes do corpo, a sobrecarga da musculatura piora o quadro. Daí a importância dos programas de reabilitação com fisioterapia e atividades que fortaleçam e equilibrem a musculatura.

    Historicamente, as abordagens cirúrgicas visavam estabilizar a coluna e descomprimir os nervos.

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    + LEIA TAMBÉM: Psicologia pode ajudar as pessoas a desaprenderem a sentir dor crônica, diz estudo

    Acreditava-se que nos casos de dor mais intensa, havia sempre alguma articulação “frouxa” na coluna. Os outros culpados eram hérnias ou fragmentos ósseos comprimindo os nervos.

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    Essa visão levou milhares de pessoas, no mundo todo, a se submeterem a cirurgias que se mostraram ineficazes para melhorar a lombalgia.

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    Uma nova visão

    Atualmente, muita coisa é diferente. Sabemos, por exemplo, que os achados de ressonância magnética têm pouca relação com a dor crônica. A maior parte dos pacientes não apresenta lesões significativas nos exames.

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    Além disso, as compressões de nervos causadas por hérnias de disco frequentemente desaparecem espontaneamente ao longo do tempo e raramente precisam de remoção cirúrgica.

    Sabendo que a maioria das causas de dor lombar são transitórias e melhoram com medidas de reabilitação física, o tratamento cirúrgico inicial mudou de foco. Passou a se concentrar em manter o paciente com o mínimo de dor durante sua recuperação.

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    Uma boa opção que surgiu é a infiltração anestésica, que serve para aliviar a dor enquanto o corpo se equilibra novamente através da reabilitação física.

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    Trata-se de um procedimento paliativo (ou seja, tem efeito temporário), normalmente feito sob anestesia local e com agulhas para bloqueio anestésico comum, que são guiadas por ultrassom ou raio-X. Não há necessidade de internação e o paciente volta para casa no mesmo dia.

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    Para que a infiltração seja efetiva, é importante estabelecer o local de origem da dor com base na história, no exame físico e na imagem.

    Várias estruturas podem ser anestesiadas, como articulações (facetas), grupos musculares ou nervos. Cada local se relaciona a um tipo específico de dor.

    + LEIA TAMBÉM: Novas abordagens cirúrgicas para a dor na coluna

    Dessa forma, é preciso estabelecer qual o tipo de dor será tratado e quais cuidados se mostrarão necessários após o procedimento. A boa comunicação com o médico é essencial para definir a melhor estratégia de tratamento.

    É importante lembrar que as infiltrações anestésicas não substituem as cirurgias tradicionais. São tratamentos diferentes, usados em situações distintas.

    Enquanto as cirurgias tradicionais cuidam de compressões e instabilidades, as infiltrações tratam lombalgias transitórias, sem lesão grave na coluna. Para nossa sorte, essas últimas são as causas mais comuns de dor.

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    *Antônio Nogueira de Almeida e Eduardo Joaquim Lopes Alho são neurocirurgiões da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo

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