Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Muito além da dor física e emocional: nem toda psoríase é igual

Há um tipo mais grave e raro dessa condição que afeta a pele. Médica explica como ele se manifesta e compartilha boas novas no tratamento

Por Esther Palitot, dermatologista*
6 mar 2022, 11h38
Psoríase pustulosa generalizada
Psoríase pustulosa generalizada provoca pústulas e sensação de dor e queimação na pele.  (Foto: Romina Farias/ Unsplash/Divulgação)
Continua após publicidade

Manter as lesões de pele sob controle para evitar olhares discriminatórios, às vezes até de repulsa, e resgatar a qualidade de vida: esse é o principal objetivo das pessoas que convivem com a psoríase. E é comum os pacientes experimentarem diversas terapias até encontrar uma opção que reduza a atividade e os sintomas da doença.

O que pouca gente sabe é que existem tipos de psoríase, e um deles, mais raro, causa muito mais do que dores físicas e emocionais. Estou falando da psoríase pustulosa generalizada (PPG).

Desconhecida até mesmo entre médicos e pacientes, a doença atinge nove em cada milhão de brasileiros. Os avanços na pesquisa científica demonstram que, em múltiplos aspectos, a PPG é distinta da psoríase vulgar, a versão mais prevalente e caracterizada pelo aparecimento de placas vermelhas e com descamação na pele.

Na PPG, a pele fica avermelhada e ocorre uma erupção generalizada de pequenas bolhas de pus, chamadas de pústulas. Dor e queimação são queixas frequentes.

+ Leia também: De cortes a queimaduras: inovações à flor da pele

Além disso, o paciente pode apresentar febre, cansaço e calafrios. É um quadro mais grave do que o da psoríase em placas e pode levar à morte se não tratada adequadamente.

Hoje existem vários tratamentos disponíveis para a psoríase no Brasil. Há cremes e pomadas, medicamentos de uso oral e mesmo remédios biológicos injetáveis oferecidos pelo SUS.

Continua após a publicidade

Mas e para a PPG? A grande novidade, estudada nos últimos anos, é justamente uma medicação específica para essa condição.

No final de 2021, os resultados de um estudo clínico para o tratamento da psoríase pustulosa generalizada foram publicados no prestigiado The New England Journal of Medicine, passando a representar uma esperança para os pacientes que vivem com a doença.

+ Leia também: O que o skincare realmente faz por você

O trabalho constatou que o espesolimabe, um anticorpo monoclonal injetável, melhora significativamente os sinais e os sintomas dos pacientes durante a crise de PPG.

Esse novo tratamento demonstrou-se eficaz e rápido no controle da doença em pacientes adultos com crises moderadas e graves. Não só reduziu a quantidade de pústulas, como permitiu que algumas pessoas recuperassem a normalidade da pele.

Continua após a publicidade

Entre os desfechos alcançados, 54% dos voluntários não apresentavam pústulas visíveis após uma semana da infusão de dose única do espesolimabe, em comparação com 6% dos que receberam o placebo.

Compartilhe essa matéria via:

É preciso ter em mente que as pessoas com PPG muitas vezes necessitam de internação hospitalar e podem ter complicações potencialmente fatais.

Daí a importância de um tratamento efetivo e rápido. As terapias disponíveis hoje no país são adaptadas daquelas usadas na psoríase comum. Nem sempre são eficazes, costumam ter ação mais lenta e apresentam efeitos colaterais nesse outro contexto.

Continua após a publicidade

Conhecer melhor os mecanismos imunológicos envolvidos nessa doença rara tem permitido desenvolver soluções específicas como o espesolimabe e outras medicações, com um impacto significativo na vida dos pacientes: resolução mais rápida das crises, melhor controle dos sintomas, prevenção de complicações e ganho no bem-estar geral.

Essas pesquisas nos colocam de frente para o que deve ser um divisor de águas na PPG. Em breve, os pacientes poderão contar com um tratamento capaz de resolver as lesões, aliviar a dor e devolver a qualidade de vida.

* Esther Palitot é dermatologista, professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do Centro de Pesquisa, Apoio e Tratamento de Psoríase do Estado da Paraíba

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.