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Afinal, como o estresse pode afetar a pele?

Ressecamento, acne e até crises de psoríase são alguns dos problemas que tendem a se manifestar quando convivemos com um alto nível de estresse

Por Geisa Costa, dermatologista*
8 set 2021, 10h50

Um mecanismo de defesa natural do organismo pode se tornar um vilão. É o estresse, desencadeado quando uma pessoa passa por situações que envolvem ameaça, medo ou confronto — ou seja, episódios com acidentes, doenças e mesmo cobranças excessivas. Um estudo realizado pela Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse – Brasil (Isma-BR) em 2017 já apontava que 70% dos brasileiros tinham ou estavam com sintomas relacionados ao estresse.

A questão é que, quando ele fica contínuo e fora de controle, pode afetar a saúde de várias maneiras, repercutindo inclusive no maior órgão do corpo humano, a pele. Sabemos que o estresse é capaz de danificar a barreira de proteção formada por microbiota, água e oleosidade natural, uma camada que nos defende da poluição, do clima seco e de substâncias por trás de alergia ou irritação.

Tudo porque a tensão ativa uma superprodução de cortisol, hormônio, que ao lado da adrenalina, consegue entrar em contato com receptores hormonais da pele, favorecendo a inflamação, o ressecamento e, em algumas pessoas, estimulando a produção de sebo e o aparecimento da acne.

Outras doenças podem ser desencadeadas ou agravadas sob estresse, como vitiligo e urticária crônica, ainda mais se a pessoa tem predisposição genética. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, envolvendo estudantes de medicina, odontologia e farmácia, constatou que os sintomas de dermatite atópica e psoríase tendem a se exacerbar em períodos atribulados.

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LEIA TAMBÉM: Como cuidar da pele na pandemia de Covid-19

Então o que podemos fazer para melhorar a condição da nossa pele? A questão é muito mais complexa do que se imagina e vai depender de particularidades e das doenças de cada um. O problema é que, com o estresse, a rotina de skincare idealizada por um dermatologista pode não ser mais tão interessante ou não ter os resultados esperados pela própria piora da doença de base. É nessas horas que digo que a gente precisa dar um tempo para cuidar da saúde.

Os tratamentos para vitiligo, urticária crônica, dermatite atópica e psoríase podem incluir medicamentos e pomadas de várias classes, mas os resultados só se tornam satisfatórios com orientação especializada e a adesão a uma vida mais equilibrada. Isso inclui terapias de relaxamento, sessões de meditação e atividade física e, se necessário, acompanhamento com psicólogo ou psiquiatra.

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O ideal é descobrir as raízes do estresse e de que maneira ele interfere na sua pele e ter consciência de que os cuidados com ela são diários e constantes. Muitas vezes, uma mudança de humor (assim como uma alimentação desregrada ou mesmo o uso de roupas apertadas) é o estopim para um desequilíbrio e se torna o convite para um problema aparecer ali.

* Geisa Costa é dermatologista, membro da Sociedade Latino-Americana de Dermatologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Laser e idealizadora do Art Beauty Center (São Paulo) e da Clínica Geisa Costa (Uberaba/MG)

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