Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

É burnout ou boreout? O que está por trás de uma crise no trabalho?

O esgotamento ligado ao trabalho é diferente do tédio permanente diante do emprego. Entenda as diferenças e o que precisa mudar para preveni-los

Por Primo Paganini, psiquiatra*
3 mar 2022, 10h55
o que é síndrome de burnout
Burnout foi reconhecido como problema de saúde ocupacional pela OMS.  (Foto: GI/Getty Images)
Continua após publicidade

O ambiente profissional nem sempre é um mar de rosas. Muitas vezes, é um local de estresse, desmotivação e cobranças, podendo afetar não só o desempenho dos colaboradores mas também gerar problemas de saúde mental.

Por essa razão, desde 1º de janeiro deste ano, a síndrome de burnout passou a ser considerada uma condição ocupacional e foi incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Agora, um funcionário que for diagnosticado com isso tem os mesmos direitos trabalhistas e previdenciários assegurados àqueles com as demais enfermidades relacionadas ao emprego.

A combinação tóxica da pandemia com excesso de trabalho e ausência de pausas teve um efeito explosivo na cabeça dos brasileiros. Segundo levantamento da Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse no Brasil (Isma-BR), o burnout já estaria afetando 30% dos profissionais ativos.

+ Leia também: Como ficar em paz com o trabalho

O burnout nada mais é que o esgotamento físico e mental desencadeado pelo trabalho. Está por trás de baixa autoestima, sensação de incompetência, irritabilidade, problemas de foco, concentração e memória, alterações de sono e humor, dores generalizadas e mudanças no apetite e até no sistema gastrointestinal. Tudo devido às atividades laborais.

Continua após a publicidade

Essa síndrome pode ser provocada pelo excesso de trabalho, por uma alta taxa de cobrança sem fornecimento de ferramentas e condições adequadas para que o colaborador desempenhe suas funções, por pressão psicológica e por ausência de reconhecimento pelo que foi realizado.

Para que isso não ocorra dentro de uma empresa, é preciso que os líderes enxerguem seus liderados de forma humanizada, estimulando o equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal, garantindo os meios para o dia a dia de trabalho e estimulando uma competitividade natural e uma comunicação transparente. Sem isso, não há um ambiente saudável.

Compartilhe essa matéria via:
Continua após a publicidade

Em casos de burnout, temos que acolher o funcionário e encaminhá-lo a um psicólogo e psiquiatra para avaliar a situação e propor um tratamento. Não se deve menosprezar seus potenciais prejuízos.

Mas e aquela falta de motivação relacionada ao trabalho? Não um esgotamento, mas um cenário de tédio, procrastinação recorrente e infelicidade no emprego… Aí temos o que se chama de boreout.

Embora não seja do mesmo nível do burnout, essa situação também pode ter impactos na saúde e no desenvolvimento profissional. O colaborador não se sente estimulado, vive na zona de conforto, não é desafiado a crescer e, claro, não recebe o reconhecimento da sua entrega. É sempre mais do mesmo.

Continua após a publicidade

Nessas circunstâncias, o líder, em conjunto com a empresa, deve pensar em um plano de ação que instigue o funcionário a utilizar sua criatividade e iniciativa na rotina laboral, contribuir para o seu autodesenvolvimento e se atualizar profissionalmente.

Para evitar que a companhia sofra tanto com o boreout como com o burnout, é fundamental inserir uma cultura organizacional que esteja atenta e disposta a cuidar da saúde mental dos colaboradores. Prevenir casos assim depende de todas as partes envolvidas no trabalho.

* Primo Paganini é diretor de psiquiatria da eCare

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.