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Conheça os 5 tipos de TPM

A famosa tensão pré-menstrual não é sempre igual. Médica fala das principais características de cada versão do problema

Por Priscila Pyrrho, ginecologista*
12 Maio 2023, 17h32

Se tem uma coisa que as mulheres conhecem bem é a TPM, sigla para tensão pré-menstrual. Segundo a Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), cerca de 75 a 80% delas têm, ou já tiveram, algum sintoma de TPM.

Mas o que nem todas elas sabem é que TPM não é sempre igual. Inclusive, existem diversos tipos diferentes do problema, com variações em termos de sintomas e intensidade.

Com base nisso, a TPM foi dividida em 5 tipos, de acordo com as manifestações clínicas, físicas e psicológicas apresentadas com maior frequência.

Conheça todos eles:

TPM “A”

Essa versão está relacionada mais fortemente à ansiedade.

A queda do estrogênio, que acontece no período pré-menstrual, seria a responsável pelos sintomas nessas mulheres, aumentando a liberação de adrenalina e cortisol, dupla de hormônios que contribuiria para alterações de humor e estresse.

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Os principais sintomas da TPM do tipo A são:

· Ansiedade;
· Tensão;
· Dificuldade para dormir;
· Irritabilidade;
· Alterações de humor;
· Desatenção.

O que fazer

Medidas de redução dos níveis de estresse são muito importantes.

Uma vasta literatura médica evidenciou melhora significativa com a prática de exercícios físicos, como ioga e pilates, além de meditação e técnicas de respiração.

Alimentação equilibrada, com poucos itens ultraprocessados e mais “comida de verdade”, também ajuda a reduzir a intensidade dos sintomas.

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Em alguns casos, quando os sintomas são muito intensos, pode ser necessário utilizar recursos medicamentosos para amenizá-los.

+ Leia também: Os 7 pecados capitais da TPM

TPM “C”

Está ligado especialmente à compulsão alimentar.

Quem sofre desse tipo de TPM costuma ter mais desejo por comidas gordurosas e doces.

No período pré-menstrual, a variação hormonal pode levar à ativação de áreas cerebrais que aumentam a sensação de prazer.

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Aí, quando há consumo de um alimento rico em açúcar ou gordura, esse efeito se torna ainda maior, levando, então, a um desejo descontrolado e um mecanismo de recompensa.

Os principais sintomas da TPM C são:

· Compulsão por doces ou salgados
· Vontade de comidas diferentes
· Dor de cabeça

O que fazer

Priorizar boas escolhas alimentares nessa fase é fundamental.

Por isso, uma orientação com nutricionista pode ser importante para desenvolver estratégias que ajudem a controlar a compulsão, a exemplo de comer em intervalos menores, investir em frutas, etc.

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A atividade física pode ajudar tanto na liberação de endorfinas (que contribuem para a sensação de prazer) como no alívio da dor de cabeça.

TPM “D”

É caracterizado primordialmente por sintomas depressivos.

Eles são causados geralmente pela redução de serotonina, um neurotransmissor que, entre outras coisas, controla o sono, o humor, o apetite, a dor e que é responsável pela sensação geral de bem-estar.

Os principais sinais da TPM D são:

· Raiva sem razão;
· Pouca concentração;
· Lapsos de memória;
· Baixa autoestima;
· Sentimentos violentos.

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O que fazer

Vale a pena investir em atividades prazerosas e na prática de exercícios, especialmente ao ar livre.

Uma alimentação equilibrada pode ajudar a amenizar os sintomas. Vale colocar na rotina itens ricos em triptofano, precursor da seretonina. Alguns exemplos: amendoim, castanha-de-caju, ovo e ervilha.

Em casos mais severos, pode haver a necessidade de intervenção medicamentosa.

+ Leia também: Já ouviu falar no transtorno disfórico pré-menstrual?

TPM “H”

O foco é nessa letra porque tem a ver com “hidratação”. Afinal, o principal sintoma dessa TPM é a retenção de líquidos e suas consequências.

Essa manifestação tem associação com uma elevação da progesterona, hormônio que aumenta o volume plasmático (líquido do sangue) e a sensação de inchaço.

Os principais sinais da TPM H são:

· Ganho de peso (por conta da retenção de líquido);
· Inchaço abdominal;
· Sensibilidade e inchaço em mamas;
· Inchaço nas extremidades do corpo, como mãos e pés.

O que fazer

Seguir uma dieta pobre em sódio, que favorece a retenção hídrica. Dê preferência a frutas, verduras, legumes, grãos inteiros e proteínas magras.

É importante beber muita água e maneirar na cafeína, no álcool e nos produtos ultraprocessados. Inclua os exercícios na rotina.

Os chás diuréticos também são excelentes aliados. Boas pedidas são os de cavalinha, hibisco, dente-de-leão, salsinha e chá-verde.

TPM “O”

O foco é nessa letra porque se refere aos “outros” sintomas que não se enquadram nas situações acima.

Esses sintomas formam um grupo heterogêneo de manifestações e costumam ser menos comuns. Entre eles, estão:

· Alteração nos hábitos intestinais;
· Aumento da frequência da urina;
· Calores repentinos (fogachos) ou sudorese fria;
· Dores generalizadas, incluindo cólicas;
· Náuseas;
· Acne e pele oleosa;
· Reações alérgicas;
· Infecções do trato respiratório.

O que fazer

Vale caprichar em comportamentos considerados saudáveis no geral.

Quanto à alimentação, por exemplo, cabe atenção especial à redução no consumo de açúcar, café, carboidratos refinados, carne vermelha, óleos vegetais e sódio.

Também é indicado praticar atividade física, ter um sono adequado, evitar cigarro e álcool, além de manejar o estresse.

Tudo junto e misturado

Apesar da classificação, a mesma mulher pode apresentar mais de um tipo de TPM – e os sintomas podem variar de acordo com o ciclo.

Entender as principais características de cada versão do problema pode ajudar na busca das melhores medidas para aliviar aquele grupo de sintomas.

Fora isso, dá a possibilidade de o médico ser mais assertivo na hora de prescrever uma medicação, um suplemento, um fitoterápico ou algum outro tipo de intervenção terapêutica.

Vale lembrar que mudanças de estilo de vida (alimentação, atividade física, hábitos de sono, etc.) são medidas baratas e altamente eficazes para o controle da TPM, independentemente do tipo.

Também é crucial ter em mente que sintomas intensos, capazes de comprometer seriamente a qualidade de vida, não são normais e precisam de acompanhamento médico.

*Priscila Pyrrho é ginecologista com residência médica e título de especialista pelo Centro de Estudos Pró-Matre.

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