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Há um universo de frutas, hortaliças, grãos e PANCs a explorar. E a jornalista expert em alimentação Regina Célia Pereira nos convida a degustar um a um nessa coluna que é uma feira de saberes e sabores.
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Mais que sorte: por que você deveria incluir a romã na rotina

A fruta reina em lendas e simpatias e cada vez mais demonstra seu potencial de proteger as artérias e o coração

Por Regina Célia Pereira
28 jun 2023, 10h06

Indispensável para muita gente na passagem de um ano para o outro, a romã sopra mesmo a favor do nosso sistema cardiovascular. Sim, a literatura científica desfila evidências sobre seus efeitos protetores no controle do colesterol e da pressão arterial e na defesa do endotélio, o tapete de células que recobre o interior dos vasos sanguíneos.

Pesquisadores associam tais benefícios aos compostos fenólicos e celebram um trio de ácidos: o gálico, o elágico e o protocatequínico. Outro amigo do peito vem da família das gorduras e atende pelo nome de ácido graxo punícico.

Toda essa riqueza está nas sementes translúcidas, aromáticas e de tons avermelhados, que, inclusive, têm essa cor pela alta concentração de antocianinas, grupo de pigmentos antioxidantes. Para muitos, esses grãos são quase que como pedras preciosas, pequenos rubis.

Já a casca e, logo abaixo, aquela camada branca que os especialistas chamam de mesocarpo, apresenta a punicalagina, de ação anti-inflamatória.

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Embora a classificação seja encontrada nos livros de química, seus efeitos aparecem, há muito tempo, nas receitas populares de gargarejos, passadas boca a boca, de geração em geração.

O termo punicalagina, assim como punícico, dá a pista sobre o nome científico da romãzeira, que é Punica granatum. Acredita-se que o berço da espécie seja uma região árida do Mediterrâneo, entre a Europa e a Ásia. Justamente por ser originária de desertos, teve que se adaptar às mudanças bruscas de temperatura, acumulando tantas substâncias protetoras.

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Figura mitológica

Além de frequentar a mesa, a romã ganhou lugar de destaque na mitologia. Uma das histórias remete à criação das estações do ano. Diz a lenda que Perséfone, divindade de rara beleza, foi raptada por Hades, o senhor do submundo. Ao ser libertada, antes de voltar à Terra, comeu o fruto oferecido por seu algoz.

Assim se viu obrigada a passar três meses, ou o equivalente ao período do inverno, ao lado de Hades na Morada do Mortos. Já nos tempos de primavera, verão e outono, estaria livre.

Também existe o mito de que surgiu uma romãzeira no local onde Afrodite, a deusa do amor, teria pisado pela primeira vez, vinda do mar. A fruta passou a ser símbolo da fecundidade e, em algumas culturas, era utilizada em rituais para evocar fertilidade e fartura.

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Os antigos romanos preparavam uma bebida alcoólica, semelhante ao vinho, para algumas dessas ocasiões. Sementes do fruto também marcavam presença em festas de casamento.

A romã aparecia ainda em bordados dos mantos de sacerdotes, castelos, templos, taças e até nas coroas dos soberanos. É bastante mencionada em textos sagrados.

Em alguns países, inclusive por aqui, no Dia de Reis, que é celebrado em 6 de janeiro, existe a tradição de guardar caroços na carteira para que não falte dinheiro.

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Da entrada à sobremesa

Trazida pelos portugueses, a espécie se deu bem no Brasil. Cresce em muitos quintais, sobretudo o tipo de casca mais amarelada.

Versátil na cozinha, passeia pelas mais diversas preparações, desde copos de sucos até em receitas elaboradas, seja salgadas ou doces.

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Salpicada em saladas, sobremesas, na versão xarope – a grenadine – e como ingrediente de molhos, faz bonito na culinária. Além de acrescentar sabor e aromas, enfeita qualquer prato.

Ainda sobre bonitezas, a música para esta coluna homenageia a belíssima cidade espanhola que leva o nome da fruta, Granada.

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