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Microagulhamento espalha melanoma? Saiba quando é indicado e os cuidados

Técnica é aliada do rejuvenescimento em rotinas de skincare, mas não pode ser feita quando o paciente tem infecções ou câncer de pele

Por Sílvia Lisboa
25 abr 2024, 12h10

A foto do rosto de uma mulher com melanoma, o câncer de pele mais agressivo, viralizou nas redes sociais nos últimos dias com um alerta: o sinal escuro da doença se espalhara pela face após a mulher ter se submetido à técnica de microagulhamento, indicada para o rejuvenescimento cutâneo. Sem saber que o sinal era um tumor, a paciente fez o tratamento – sem a avaliação correta dos riscos pelo profissional envolvido.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) contraindica a técnica a pacientes com câncer de pele e infecções próximo à área tratada. Também alerta que todo o material utilizado deve ser autorizado pela Anvisa, e os profissionais capacitados para aplicá-la.

Como ocorre o microagulhamento

Também conhecido como terapia de indução percutânea de colágeno (TIPC), a técnica consiste em criar microfurinhos na pele com uso de um aparelho chamado roller. Trata-se de um rolo de polietileno encravado por agulhas estéreis de aço inoxidável ou titânio (existem aparelhos com 190 e outros com 450 agulhas) que deslizam na pele.

A descrição parece dolorida – e é mesmo. Mas são usados anestésicos tópicos que amenizam o desconforto das microperfurações.

+Leia também: Microagulhamento: como funciona e quais as aplicações

O método age de duas maneiras: estimula a produção de colágeno criando um processo inflamatório (por meio das agulhadas) e facilita o que os médicos chamam de “drug delivery”, isto é, o aumento da eficácia de ativos que tratam a pele, como os ácidos e vitaminas.

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Em geral, são aplicados ácidos, como o hialurônico e o retinoico, ou outras formulações cosméticas, que penetram em camadas mais profundas da pele, potencializando a sua ação.

Quais são as indicações

O microagulhamento é indicado para rejuvenescimento e melhoria do aspecto geral da pele. Um artigo de revisão recente revela que o procedimento se mostrou eficaz no tratamento do melasma (as manchas escuras na pele) e do envelhecimento com uso do de ácido retinoico a 5% com intervalos de 21 dias entre as sessões.

Também há estudos que apontam melhoria das cicatrizes de acne, flacidez, rugas periorbitais e alopecia (com uso do minoxidil). No caso da acne, a técnica se mostrou tão eficaz quanto os tratamentos a laser.

Que cuidados devo ter antes e depois do microagulhamento

A pele fica avermelhada e mais sensível após o procedimento. É ideal que o paciente fique alguns dias sem se expor ao sol e siga as orientações de aplicação de dermatocosméticos indicados pelo profissional que está acompanhando o caso.

Caso sua pele apresente qualquer alteração, mesmo que ela pareça inofensiva, é fundamental ouvir um dermatologista antes de se submeter ao microagulhamento. Lesões e manchas podem ser indício dos problemas que devem ser tratados sem que a pele seja agredida pelas agulhadas, que podem agravar essas condições prévias, como ocorreu no caso da foto que viralizou.

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O processo de cicatrização ocorre em três fases: na primeira, em que houve a agressão, ocorre liberação de plaquetas e neutrófilos responsáveis pelos fatores de crescimento com ação sobre as células da pele; na segunda ocorre a produção de colágeno e, na terceira, a cicatrização, quando um novo colágeno, mais duradouro, toma a frente.

A melhoria na pele pode ser notada por um período de cinco a sete anos.

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