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9 coisas que você precisa saber sobre melasma

Essas manchas amarronzadas que surgem na pele incomodam muita gente. Saiba tudo sobre elas – das causas aos melhores tratamentos

Por Thaís Manarini
Atualizado em 31 mar 2023, 11h54 - Publicado em 3 ago 2018, 17h42
melasma
As manchas marrons do melasma atingem principalmente áreas do rosto (Ilustração: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital)
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Problemas de pele, em geral, afetam (e muito!) a qualidade de vida das pessoas. E imagine conviver com manchas escuras – mais especificamente amarronzadas – no rosto, em regiões como testa, bochecha, queixo e nariz.

É isso que acontece com quem tem melasma, uma doença que tem a ver com uma superprodução de melanina, pigmento que dá cor à pele.

Além do fator genético, a condição está relacionada a alterações hormonais (por isso, muitas mulheres encaram o problema durante a gravidez ou quando usam pílula anticoncepcional).

“Apesar de menos comum, as manchas também podem aparecer em outras áreas expostas ao sol, como colo e braços”, completa o dermatologista Bruno Vargas, diretor da clínica que leva seu nome, em Belo Horizonte (MG), e criador do Portal do Melasma.

Listamos abaixo, com a ajuda do médico, detalhes sobre o quadro que vale a pena conhecer:

1- O que é o melasma e quem é mais acometido

“Trata-se de uma disfunção na pigmentação da pele devido à concentração de melanina, pigmento que dá a nossa cor”, resume Vargas.

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E dá para dividi-la em três categorias: epidérmica, quando a camada mais superficial da pele é afetada; dérmica, com ocorrência das manchas na derme superficial e profunda; e, por fim, a forma mista, caracterizada por surgimento das marcas na epiderme e derme.

“Determinar o tipo é essencial para o tratamento”, avisa o dermatologista.

Segundo ele, as mulheres entre 25 e 40 anos são as mais afetadas – somente 10% dos casos acontecem em homens. Pessoas de pele morena e negra, além de asiáticos e latinos, têm maior predisposição a encarar esse desconforto.

+ Leia também: De botox a lifting: desvende os procedimentos estéticos

2- O diagnóstico depende de uma boa avaliação

Quando notar o surgimento de manchas, vale procurar um dermatologista. Para fechar o diagnóstico, ele precisa checar, por exemplo, questões como frequência de exposição ao sol, realização de tratamentos hormonais (incluindo aí o uso de contraceptivos), gravidez e histórico familiar.

“É necessário observar também se o paciente relata coceira ou ferida na região. No caso do melasma, isso não acontece”, frisa Vargas. O médico conta que uma lâmpada chamada Wood, de luz negra, pode ajudar a flagrar o melasma de forma precisa.

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3- A verdadeira relação entre melasma e gravidez

Não, a gravidez não é a responsável pelo surgimento das manchas – na verdade, não há uma causa decisiva para o surgimento do quadro.

“Ocorre que, durante a gestação, os hormônios produzidos pela placenta, como a progesterona, estimulam a hiperpigmentação da pele”, ensina o dermatologista.

Por isso, aproximadamente 70% das mulheres com predisposição para o melasma identificam as primeiras manchas durante essa fase da vida.

“Se associarmos um quadro de predisposição a uma exposição excessiva aos raios solares, a probabilidade de surgimento das manchas aumenta”, acrescenta Vargas. Inclusive, o abuso do sol é um dos fatores que mais colabora para o problema dar as caras.

As luzes artificiais de ambientes fechados e de dispositivos eletrônicos (celulares, tablets e por aí vai) também têm sua parcela de culpa. “Usar protetor precisa ser um hábito diário”, reforça o dermatologista.

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4- Por que o melasma parece piorar no inverno

Nessa época do ano, muita gente acha desnecessário gastar uns minutinhos para aplicar o protetor solar. Resultado? Maior exposição aos raios ultravioletas e, consequentemente, risco elevado de encarar uma manchinha ali e acolá.

“No inverno, a incidência dos raios é menor, mas ainda assim estamos expostos à radiação. E não só do sol, como também das luzes artificiais”, relata Vargas. Então, já sabe: na época mais fria do ano, nada de colocar o filtro no fundo da gaveta.

O médico recomenda aplicar o produto com especial atenção em áreas como rosto, pescoço, colo e mãos – que são as menos protegidas pelas roupas. “O ideal é que o FPS seja de, no mínimo, 30. E sugiro reaplicar a cada três horas”, acrescenta.

+ Leia também: Por que aparecem manchas na pele e como se livrar delas

5- O tratamento do melasma

Você já notou que passar protetor é a primeira medida importante contra o melasma, certo? Mas há outros recursos para auxiliar na empreitada.

De acordo com Vargas, hoje, o mais comum é associar terapias. Por exemplo: dá para recorrer a medicamentos orais e tópicos com ação antioxidante e, à noite, utilizar ácidos mais (ou menos) potentes.

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“Em relação aos tratamentos feitos no consultório, a técnica de drug delivery com o aparelho MMP [Microinfusão de Medicamentos na Pele] é muito utilizada, por ser capaz de inserir ativos com ação clareadora na camada intermediária da pele”, conta Vargas.

Em termos de ativos, o ácido tranexâmico – aplicado de forma tópica ou intradérmica –, é considerado um grande aliado. “Ele tem ação antifibrinolítica, isto é, reduz a ação da proteína plasmina, que leva a um estímulo das manchas”, descreve o médico.

O uso de laser, por sua vez, exige cautela. Isso porque só alguns equipamentos – com uma tecnologia específica, de picossegundos – trariam benefícios. “No geral, lasers não são indicados porque podem gerar um processo inflamatório capaz de piorar o quadro”, pondera Vargas.

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6- O melasma não tem cura

Embora os tratamentos sejam eficazes no manejo das manchas, infelizmente não dá para falar em resolução definitiva do quadro.

“Mas saber que é possível controlar o melasma já é um grande alento. É totalmente possível levar uma vida sem essa perturbação constante”, tranquila Vargas.

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7- O elo entre estado emocional e surgimento das manchas

Já ouviu por aí que estar com os nervos à flor da pele parece abrir as portas para o melasma? Vargas explica que isso ocorre porque a tensão constante ocasiona um estresse oxidativo em nosso organismo, o que prejudica o corpo como um todo.

“Não à toa, os antioxidantes fazem parte do tratamento”, lembra. Ora, esses elementos têm a habilidade de frear os radicais livres, as moléculas perigosas que surgem em decorrência do tal estresse oxidativo.

“Levar uma vida com qualidade também favorece o controle das manchas”, arremata o dermatologista.

+ Leia também: Decifre o skincare

8- Dá para usar maquiagem, sim

Os produtos de beleza são um baita recurso para quem deseja disfarçar as manchas, já que auxiliam a deixar a cútis com um tom único. Mas será que a maquiagem pode ser aplicada sem preocupação?

Quem responde é o médico: “Sim, mas só faça uso de produtos indicados para seu tipo de pele e com orientação do dermatologista. Caso contrário, podem surgir outros problemas, como alergias, irritações e excesso de oleosidade”.

9- Receitas caseiras contra o melasma? Nem pensar!

Quem nunca realizou uma busca na internet na tentativa de encontrar maneiras de amenizar as manchas dentro de casa? Pois saiba: essa atitude é contraindicada. “No caso do melasma, tenho relato de pessoas que fizeram peelings caseiros e tiveram irritações”, conta o médico. Recorrer a supostos clareadores também é furada.

“A regra é clara: não faça nenhum tratamento para melasma sem a orientação do dermatologista”, reforça Vargas. Na tentativa de resolver uma chateação, você pode acabar encontrando várias outras.

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