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Microagulhamento: como funciona e quais as aplicações

Procedimento é muito procurado por quem quer tratar as estrias ou melhorar a aparência da pele e dos cabelos. O que a ciência diz sobre a eficácia?

Por João Antonio Streb
Atualizado em 29 fev 2024, 16h15 - Publicado em 29 fev 2024, 16h13

Popularizado nas últimas três décadas, o microagulhamento pode ser muito mais antigo do que se imagina. Há indícios de que um princípio semelhante já era aplicado na China séculos antes de a técnica ser viabilizada comercialmente a partir de 1995: a ideia original consistia em espetar pequenas agulhas na pele do paciente para retirar alguma substância indesejada da região.

Com o passar do tempo, quem se submetia ao procedimento começava a observar que a parte tratada começava a apresentar melhoras na condição de pele. Essa também foi a ideia defendida há cerca de 30 anos pelo dermatologista Norman Orentreich, que passou a incentivar o uso da técnica não só no rosto, mas até mesmo na região do cabelo – falecido em 2019, ele é considerado um dos “pais” do implante capilar.

Extremamente difundida hoje em dia, a técnica ainda divide especialistas quando o assunto é a eficácia. Conheça mais abaixo.

+Leia também: Entre a beleza e o perigo: os riscos dos procedimentos estéticos

Como é feito o microagulhamento?

Também conhecido como Indução Percutânea de Colágeno por Agulhas (IPCA), o microagulhamento começa bem antes do dia do procedimento. A recomendação médica é que, 30 dias mais cedo, o paciente comece a aplicar cremes ou produtos específicos ricos em vitaminas A e C.

No dia do procedimento, o médico deve aplicar um composto anestésico e deixar agir por cerca de 45 minutos antes de removê-lo para, finalmente, começar o tratamento. O princípio do microagulhamento é furar a pele com agulhas de 0,5mm até 2,5mm, o que estimularia a produção de colágeno e elastina pelo corpo na busca por cicatrizar os “microdanos” na região das agulhadas.

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Em geral, essa primeira cicatrização leva poucos minutos e ocorre ainda no consultório.

O método mais comum utiliza o roller, um rolinho com uma série de microagulhas na ponta. Ainda existe a chamada DermoPen, equipamento semelhante a uma caneta com a mesma função, e os “carimbos” para microagulhamento.

Independentemente do método, o profissional qualificado deve esticar a região que será espetada e aplicar as agulhas.

Após o processo, a recomendação médica é evitar a exposição solar e a aplicação produtos na pele por alguns dias. O prazo ideal varia conforme o paciente, mas em geral os resultados devem aparecer cerca de 90 dias após a primeira sessão.

Microagulhamento no rosto, capilar e para estrias: para que serve?

A produção de colágeno e elastina causa um efeito de rejuvenescimento na pele, já que o corpo entende que a área precisa de cicatrização. No rosto, o processo ajuda a reduzir a dilatação dos poros, a pigmentação de manchas, amenizar cicatrizes da acne e dar firmeza à pele.

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Já no corpo, a técnica ajudaria a diminuir a flacidez da pele, ajudando na redução de estrias. A aplicação do microagulhamento capilar, por sua vez, está associada a bons resultados em casos de alopecia, pois favoreceria o fortalecimento dos fios.

Mas afinal, o microagulhamento funciona?

As entidades de dermatologia não apontam riscos na técnica, desde que realizada por profissional qualificado, e as pesquisas existentes trazem indícios sobre resultados positivos do microagulhamento. Ainda assim, acadêmicos apontam a falta de estudos de revisão maiores e de avanços significativos na técnica desde que ela se popularizou nos anos 1990.

Além disso, existem polêmicas sobre quem deve executar o procedimento, já que esteticistas por vezes oferecem o tratamento sem certificação e também é possível adquirir os equipamentos para fazer o microagulhamento em casa, o que gerou uma série de resultados indesejados conforme o método se popularizou.

Na dúvida, busque sempre orientação de um médico dermatologista antes de realizar qualquer procedimento ou perfuração na pele.

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