Intrigados com o aumento do vegetarianismo na população, estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) investigaram o que leva gente de 18 a 24 anos a aderir a esse padrão alimentar. Ao entrevistarem mais de 250 jovens de Porto Alegre e região metropolitana, eles notaram que a proteção do meio ambiente (86%) e a empatia pelos animais (80%) são os grandes gatilhos para a mudança.
A melhora da saúde foi citada por apenas 33% dos participantes. “Nessa faixa etária, não há preocupação com isso”, interpreta Ilton Teitelbaum, orientador do trabalho. Ainda assim, há ganhos. “Se bem-feita, a dieta traz mais qualidade nutricional”, avalia Giuseppe Stefani, nutricionista da PUC-RS, que não participou do estudo.
Tem que fazer ajustes
Ao virar vegetariano, certos nutrientes exigem atenção:
Proteína: Além da carne, aparece em ovos, leite e derivados. Se excluir tudo, Giuseppe orienta variar bastante nos vegetais.
Ferro: É mais bem absorvido quando vem das carnes. Mas o efeito é igual se associar vegetais com ferro às frutas cítricas.
Vitaminas do complexo B: Elas são, segundo Giuseppe, as de maior risco de deficiência. “É bom fazer exames periódicos”, diz.
Cálcio: Ao abandonar leite e derivados, é essencial priorizar vegetais verde-escuros. Também convém ficar de olho em déficits.